Análises

Emesene: Bom cliente Live Messenger para Linux

É fato que, hoje em dia, é difícil viver sem um mensageiro instantâneo. Atualmente, muitos utilizam IMs para as mais diversas utilidades, seja para lazer, seja para trabalho.

No Linux, temos muitas opções de instant messengers. Em distribuições com ambiente GNOME, geralmente o Pidgin, que também está disponível para Windows, é o padrão. Ele acompanha a simplicidade do ambiente gráfico e não traz muitas firulas, deixando de fora os winks, adição de emoticons personalizados e conversas por áudio e vídeo. Apesar disso, tem algumas funções interessantes, como a de deixar, por padrão, que usuários bloqueados no seu messenger vejam você online e converse normalmente, como se nada tivesse acontecido (?!). Sendo assim, a função de bloquear torna-se inútil – é possível mudar essa opção, mas enfim… O Kopete segue a tendência do ambiente KDE e é bem mais completo, trazendo temas e suporte a vídeo, apesar de ter estranhamente removido a função de enviar arquivos na versão para KDE 4 (?!). Já o aMSN é o “clone” do Windows Live Messenger, trazendo todas as porcarias que este traz – como winks, mensagens de voz, celular… O aMSN também copia do Live Messenger a lentidão e o peso.

Apesar de parecer enrolação, o parágrafo anterior foi necessário para se ter uma idéia de como é o Emesene. Tendo essa base, fica fácil: ele é um pouco de tudo. É o Pidgin mais completo, o Kopete mais simples e o aMSN mais leve. Simples assim.

Visual e performance

O Emesene é um software feito em GTK (e Python) e, portanto, se integra melhor no ambiente gráfico GNOME. A interface do programa é como a do Pidgin: simples e funcional.

Visual do Emesene
Visual do Emesene

O Emesene também consegue ser rápido, tanto para iniciar como para conectar. Em situações normais (conversa com dois contatos e janela de contatos aberta), o software consumiu, em média, 25 MB de RAM e 0-2% de CPU.

Recursos

Na janela de conversa, basicamente o Emesene tem tudo, menos conversa por áudio e vídeo e os famosos winks (aquelas animações barulhentas, feitas em Flash). Os emoticons personalizados marcam presença no messenger, e é bastante fácil adicioná-los. Basta clicar com o botão direito no emoticon personalizado enviado pelo seu contato, ir em Salvar como…, configurar (se necessário) o atalho para o emoticon e… Pronto! MSN-like.

Outro recurso legal é a resposta automática, disponível no Windows Live Messenger somente com add-ons (como o Messenger Discovery e o MsgPlus!). Assim como o Pidgin, o Emesene também suporta plugins. Esses plugins adicionam funcionalidades legais ao software, como a adição da informação da música que você está ouvindo, o envio dessa informação para a rede social Last.fm, miniaturas de vídeos do YouTube, criação de screenshots direto da janela de conversa, o Notification (mostra uma janela semelhante ao messenger da Microsoft quando alguém se conecta)… Para descobrir mais, só testando mesmo.

Plugins
Plugins

Conclusão

Não há muito o que falar de um messenger. O Emesene é um bom cliente da rede da Microsoft, e assim como o Pidgin, preza pela simplicidade – mas sem exagerar. No entanto, é possível conectar em várias contas ao mesmo tempo só pelo “jeito padrão do WLM”: abrindo duas instâncias do programa. Não há aquela integração de contatos na mesma janela, como acontece no Pidgin e no Kopete. Por outro lado, os plugins adicionam funcionalidades interessantes e são um dos pontos fortes do software.

Conclusão? Se você é um usuário Linux que não gosta ou não utiliza todas aquelas parafernalhas do messenger original, provavelmente gostará do Emesene. Se você está no Linux, mas quer experimentar todas – ou quase todas – as funcionalidades do Windows Live Messenger, sem se preocupar com o consumo de recursos do sistema, minha recomendação é o aMSN. Para conhecer mais alguns messengers para Linux, visite o artigo correspondente. Você também pode ler este tópico com algumas dicas de uso do Emesene.

Tags: Internet, Linux, Microsoft

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