A Microsoft é conhecida como a gigante do software. E a Google a gigante da internet. Quando uma resolve entrar no ramo da outra, o resultado pode não ser dos melhores. E foi o que aconteceu com a Microsoft e alguns de seus serviços online, da linha Windows Live. Embora a maioria dos produtos da Google estejam em eterno beta, eles funcionam bem. Já alguns serviços online da Microsoft, mesmo em estágio final, precisam melhorar um pouco para serem considerados “betas”. Vamos ver agora algumas das mancadas recentes do Windows Live.
Domingo-Feira. Se você tem uma conta no Twitter, provavelmente já ouviu alguém falar isso. Pois bem, só a Microsoft que ainda não viu o erro, todo domingo, na Página Inicial do Windows Live. O bug, apesar de simples e aparentemente fácil de corrigir, vai fazer aniversário. Já são mais de 3 meses com o inconveniente “feira” no domingo. O problema nem é tanto desse inofensiva falha, mas sim o tempo de resposta da Microsoft. Mais de 3 meses para apagar uma palavra é ridículo.
Outra fatalidade é o caso do Windows Live Hotmail (antigo Hotmail). Apesar do grande número de usuários, ele não é tão utilizado assim por mérito próprio. Grande parte dos usuários mantém uma conta de e-mail lá para poder acessar o Windows Live Messenger, comunicador instantâneo bloatware da Microsoft, que faz muito sucesso aqui no Brasil. Entretanto, muitos deles desconhecem que é possível “entrar” no Messenger com qualquer conta de e-mail.
Mesmo com todas as melhorias recentes da Microsoft, como suporte ao protocolo POP3 (embora muito atrasado se comparado aos concorrentes) e melhorias na caixa de entrada com o uso de Ajax e espaço de armazenamento “infinito”, o Live Hotmail perde feio para qualquer concorrente. O serviço já foi bom no passado e talvez só se mantém ativo hoje pelo número de usuários e fama que fez naquela época.

Hoje não é raro encontrar o serviço offline, lento ou instável. A última mancada do Windows Live, em especial o Hotmail, aconteceu ontem. O misterioso problema também ocorreu com o Messenger e Zune Marketplace. No Hotmail, ao tentar acessar o serviço, uma mensagem de que o usuário não tinha mais a caixa de entrada assustou muitas pessoas.

Tudo isso sem contar o enorme banner que existia no topo da página na caixa de entrada do Hotmail. Ele chegava a ocupar até 1/4 da área útil do monitor, dependendo da resolução. Mas agora o problema foi resolvido. Não, o banner não foi removido. Apenas remanejado para o lado direito da tela. Genial!
Ah, o Windows Live Messenger, como já citado, programa bloatware de mensagem instantânea da linha Windows Live, da Microsoft. Ser bloatware é uma falha grave, embora seja possível (e quase obrigatório) dar uma amenizada nisso com o auxílio de programas de terceiros, como o A-patch. Mas nem é essa a questão de agora, e sim o comunicado que a equipe do Messenger enviou para muitos usuários do serviço (imagem abaixo).

Aparentemente se tratava de algum tipo de malware, algo comum em messengers. Mas não, o comunicado era real, enviado pelos responsáveis do Live Messenger. Ele pedia para os usuários alterarem o endereço de e-mail para continuar tendo acesso ao messenger, inclusive com um link para o suporte da Microsoft com informações de como realizar o procedimento.
Sem conseguir fazer o que o comunicado alertava, os usuários mais experientes ficaram de olho no blog do time do Windows Live Messenger, esperando mais informações oficiais. E elas vieram (note também como os links são amigáveis): Uma falha – provavelmente humana – causou o problema. A solução? Ignorar o comunicado oficial. Esse usuários fizeram isso, já os que não tiveram acesso a informação, estão temerosos até agora, com medo de perder acesso ao Messenger.
E não é a primeira vez que uma “falha técnica” afeta o comunicador instantâneo. Quem não se lembra do intrigante quadrado com a logo do Office que apareceu misteriosamente nas janelas de conversação do Messenger? Ou ainda de quando resolveram bloquear links do YouTube. Felizmente essas falhas foram corrigidas rapidamente.
Embora muitas vezes sejam falhas pequenas e inofensivas, deixam muitos usuários confusos. Para uma empresa do porte da Microsoft, esse tipo de comportamento é inconcebível. Demorar mais de 3 meses para corrigir algo tão bobo é, no mínimo, o cúmulo da falta de respeito com seus milhares de clientes brasileiros.