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KDE 4 – Primeiras Impressões

KDEAntes de qualquer coisa, gostaria de frisar que esta é uma analise bastante simples e amadora do KDE 4, por motivos bastante simples. Ainda estou engatinhando no Linux, e não tenho conhecimento amplo o suficiente para fazer uma analise mais detalhada. Mas como a idéia aqui é apenas apontar algumas novidades do KDE creio que não há problemas. Também fiquei meio limitado pela versão do Kubuntu com o KDE 4. Além de muito bugado (tanto o KDE quanto o Kubuntu, verdade seja dita) a versão disponibilizada pela Canonical não contém alguns aplicativos conhecidos, como o player Amarok.

Desculpas devidamente dadas, vamos as maiores novidades.

Interface

Se alguém achava que o KDE era a cara do Windows agora vai ter certeza. Não que ele seja uma copia completa do sistema da Microsoft, mas é inegável que a quarta versão é a mais “Vista” possível. Semelhanças a parte, a nova interface do KDE vem com algumas novidades interessantes, e outras bastante irritantes. A barra de tarefas agora é preta e trás um gigantesco relógio do lado direito. Não fui muito a fundo no sistema, mas pelo que notei não é mais possível personalizar a barra (pelo menos não com a mesma facilidade do KDE 3).

menuk

Os papeis de parede são muito bonitos, e se integram bem com estilo e cores do KDE, mas as maiores mudanças da área de trabalho estão nos ícones e nos novos Widgets. Agora, por padrão, os ícones trazem um borda escura que fica mais clara ao passar o mouse. Outra novidade é que agora o botão direito do mouse nos ícones da área de trabalho não é mais necessário. Ao mover o cursor do mouse para o ícone, três pequenos ícones aparecem ao lado dele. O primeiro (uma chave de fenda) traz as propriedades do atalho, o segundo (uma seta) eu não descobri pra que serve, e o terceiro é um X, que serve para deletar o atalho. Uma inovação bastante interessante. O tema de ícone padrão agora é o Oxygen, mais elegantes e modernos que o Crystal (que tinha uma aparencia mais infantil), embora este ainda esteja disponível.

menuk (2)

Já os Widgets trazem alguns aplicativos que ficam “flutuando” no desktop. Algo já bastante conhecido pelos usuários do Windows Vista ou do Mac OS X. No KDE eles são chamados de plasmoids, mas não possuem grandes diferenças dos outros sistemas. Há um pequeno ícone no canto superior direito da área de trabalho. Ao levar o cursor do mouse até ele, um pequeno menu surge com a opção de adicionar novos Widgets. O KDE já inclui alguns por padrão, mas acredito que futuramente será possível baixar mais.

menuk (3)

Outra grande novidade do KDE 4 são os efeitos visuais. Agora é possível, sem a necessidade de softwares de terceiro (leia-se Compiz) ter aquelas firulas inúteis na sua área de trabalho. Transparências, efeitos de transição, sombras… enfim. Não tive a oportunidade de testar a fundo por limitação de hardware, mas quem usou garante que, embora bonitos, os efeitos do Compiz Fusion ainda são mais interessantes.

O menu K sofreu uma modificação bastante interessante. Quem já usou o openSUSE ou as versões mais atuais do Mandriva já sabe do que se trata. O menu Kick-off agora é padrão do KDE. Os menus são organizados por categoria e há uma caixa de busca na parte superior.

menuk (4)

Aplicativos

Como era de se esperar, a maioria dos aplicativos do KDE também ganhou novas versões, mas não existem grandes novidades na maioria delas. As mais interessantes, na minha opinião, eu não conseguir testar. O Amarok não veio no LiveCD e o Kopete está extremamente bugado.

Já o Konqueror teve uma mudança significativa. Pra começar, ele não é mais o gerenciador de arquivos padrão do KDE. Parece que a intenção da equipe é investir pesado no Konqueror como navegador Web, embora seja um pouco tarde pra isso. Como navegador ele ganhou melhorias na segurança e principalmente na velocidade, mas falta muita coisa pra se consolidar como um navegador confiável. Apesar das (pequenas) melhorias ele ainda é muito fraco pra competir com o Opera ou o Firefox. O Konqueror, pra mim, continua servindo apenas como um gerenciador de arquivos.

konqueror

Por falar em gerenciador de arquivos, o padrão agora é o Dolphin. Apesar de bastante poderoso o Dolphin pode confundir quem está bastante acostumado com o Konqueror. Ele é bastante configurável, podendo ter um visual totalmente clean, ou com várias colunas. Digamos que ele ganhou um “que” de Windows Explorer. É mais fácil visualizar arquivos e imagens, aumentar e diminuir ícones. Mas pra quem não acostumar, é possível continuar usando o Konqueror como gerenciador padrão.

dolphin

Os jogos do KDE também foram reformulados para atender o novo visual do sistema.

Considerações finais

O KDE evoluiu bastante, tanto no visual quanto na velocidade (umas das maiores críticas). Mesmo do LiveCD ele roda relativamente bem, ainda mais se tratando da primeira versão (4.0.0) A expectativa é que até o KDE 4.1 a velocidade melhore ainda mais. Por outro lado, não sei se por culpa do KDE ou do Kubuntu, ainda existem muitos bugs chatos a serem corrigidos. Coisas que podem parecer pequenas, mas que com o decorrer do uso chegam a irritar. Se eu fosse optar pelo Linux hoje, continuaria com o KDE 3 pelo menos até que a nova versão esteja um pouco mais madura.

Também achei que o KDE 4 tirou um pouco a liberdade do usuário. Antes era possível mover a barra, trocar a cor, deixá-la transparente. Agora a barra é fixa (pelo menos aparentemente) e não encontrei mesmo uma opção onde eu pudesse personalizá-la. Em resumo o KDE 4 está bem melhor e definitivamente no caminho certo. Parafraseando a Microsoft e o Windows Vista… Wow!

Se antes eu já achava o KDE melhor que o Gnome, essa versão veio para comprovar isso de vez. É melhor a equipe do Gnome se mexer rápido ou vai ficar pra trás.

Tags: Linux

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