Depois da Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estado Unidos começar nova investigação, os europeus podem fechar o cerco contra a Google e seu produto Street View. Os comissionários britânico, holandês e alemão, que tratam de questões relacionadas à privacidade, podem investigar mais profundamente o Google Street View.
Toda a polêmica começou em 2010, quando descobriram que na Europa e na América do Norte os carros do Google Street View estavam capturando dados de redes wireless abertas, como identificação da rede, MAC dos equipamentos, senhas e e-mails.
Segundo o relatório publicado em abril pela FCC, a Google coletou dados durante 2 anos e os dados estavam abastecendo os servidores da empresa. A companhia alega que os dados foram capturados “sem querer”, mas a investigação recente mostrou que engenheiros da Google, incluindo um especialista em comunicação, Marius Milner, e um gerente sênior, tinham planos para os dados privados das pessoas desde 2006.
O comissário de Hamburgo, Alemanha, deixa claro que a perspectiva é totalmente diferente e novas medidas podem ser tomadas. Agora não se trata de um erro da Google, mas uma forma deliberada e elaborada de captura de dados privados.
Pela nova descoberta de violação intencional, o comissionário holandês Jacob Kohnstamm, convocou a todas para uma investigação conjunta, e ICO, o Escritório do Comissionado para Informação do Reino Unido, confirmou que pode reabrir o caso e deixar a empresa em uma saia justa com a sociedade mais uma vez.
Enquanto os norte americanos e os europeus a cada dia descobrem irregularidades no serviço Google Street View o que vem na cabeça é: e o Brasil? A empresa não ativou o recurso de captura de informações ou ainda estamos sendo monitorados?