Que o Core i7 é o processador mais poderoso da atualidade, todo mundo sabe. Entretanto, suas vendas não estão indo bem, contrariando as expectativas da Intel que depende das suas vendas para superar o enorme rombo em seus cofres.
A versão mais barata da família Core i7 é o quad-core 920 de 2.66 GHz, vendido por 260 euros, cerca de 780 reais. Só que o problema, na verdade, está no custo do resto da plataforma, que inclui uma placa-mãe com suporte ao chipset X58 e memórias DDR3, que ainda são vendidos a preços astronômicos.
Já os veteranos Core 2 Quad estão compensando as vendas e se saindo bem no mercado. Não por causa do seu próprio valor, mas sim devido ao baixo custo dos componentes da plataforma, que não exigem o chipset high-end da Intel, nem memórias DDR3, para ser usado.
Na Europa, a placa-mãe mais barata capaz de aguentar um processador Core i7, de socket LGA1366, sai por 199 euros, pouco mais de 530 reais, enquanto uma plataforma de socket LGA775 (família Core 2) sai por menos da metade desse preço. Essa enorme diferença de custo tende a forçar o consumidor a desistir de um Core i7 e ficar mesmo com um Core 2 Quad.
Pode ser irônico, mas os últimos processadores lançados pela AMD, a família Phenom II, não exigem um chipset de última geração, tendo versões de socket AM2+ e AM3 – abrindo uma grande margem de compatibilidade com placas-mãe -, e capaz de trabalhar tanto com memórias DDR2 quanto com as exorbitantes DDR3. Este é exatamente o quesito que a Intel está penando para superar: enquanto a AMD tem processadores de ponta para todos os bolsos e hardwares, a Intel e seus Core i7 só se adaptam à plataformas caríssimas.
Fonte: Fudzilla