É provável que você tenha um PC desktop em casa e o use com frequência. É mais provável ainda que o seu primeiro contato com a informática tenha sido em um desktop. No entanto, cada vez mais os aparelhos portáteis estão ganhando espaço e o gosto do grande público. Ao se deparar com a necessidade de comprar uma nova máquina; um notebook, ou mesmo um fraco netbook são sérias opções de compra, em detrimento do PC desktop. E as vantagens são claras.
Outra tendência que vem ganhando força nos últimos tempos, é a compra de tablets e smartphones cada vez mais poderosos, e que futuramente trarão a mesma experiência de um desktop, como já falamos neste post aqui. Hoje temos celulares com processadores dual-core com mais de 1 GHz de clock. Talvez com desempenho similar a de um netbook. A tendência é a miniaturização e portabilidade dos dispositivos, e isso não tem mais volta. Porém, será que o fim dos PCs desktop é tão iminente assim? Bom, não é bem por aí e os PCs ainda têm um grande mercado consumidor para explorar. Explicarei o porquê agora.
Computação em nuvem
Ironicamente, para quem entende esta palavra, a computação em nuvem está contribuindo para uma vida mais duradoura dos PCs. Exatamente! Enquanto a moda do momento é cloud computing, ter todos os seus arquivos em qualquer lugar com acesso à internet, as pessoas se esquecem de que tudo isso só é possível graças aos desktops. Existem, basicamente, dois tipos de servidores. Os especializados, com componentes desenvolvidos especificamente para eles, e os servidores comuns, que usam PCs desktop. Como vocês devem imaginar, a maioria dos servidores usa PCs desktop. Inclusive os servidores da toda-poderosa Google!
A predominância deles entre os servidores se justifica pelas suas vantagens. Um servidor montado com PCs comuns, funciona tão bem quanto um especializado. Além do desempenho similar, o seu custo é em muito inferior a de um servidor de ponta, e em caso de quebra ou falha de um dos PCs, a sua substituição é algo extremamente trivial. E como já dito no parágrafo anterior, a popularização da computação em nuvem está contribuindo para que o mercado de componentes de PCs continue aquecido e gerando lucro.
Mercado Corporativo
O mercado corporativo é outro que sustenta os micros desktop. Pense em todos os escritórios de advocacia, contabilidade, órgãos públicos, call centers, consultórios, etc… Todos eles usam desktops. E não é para menos. Novamente, o custo é um fator determinante. PCs desktops ainda são mais baratos que bons notebooks. Além disso, há a questão ergonomia. Querendo ou não, é muito mais confortável trabalhar 8 horas por dia em um desktop do que em um notebook.
Outro fator que pesa na hora de uma empresa montar um escritório, é a segurança. Não segurança digital, física mesmo. Desktops são pouco atraentes para os ladões. Além de serem grandes e pesados. Isso desestimula eventuais furtos. E novamente, no caso de quebra de alguma máquina ou determinado componente, a sua troca é bem mais simples e barata.
Power-users, Gamers e DIY’s
Existem ainda três nichos que não querem/podem abrir mão dos PCs tradicionais. Os power-users, são aqueles usuários avançados que precisam de configurações extremamente parrudas, que usam vários monitores e diversos periféricos específicos. Para eles, um PC é muito mais flexível e apropriado. É muito difícil e caro encontrar um notebook com 32 GB de RAM e dezenas de núcleos de processamento.
Os gamers, por sua vez, necessitam de uma máquina com configurações avançadas também, afim de rodarem seus jogos com as configurações máximas. Já viu quanto custa um notebook para jogos, da AlienWare, por exemplo. Com R$ 8,000,00, pode-se montar um Senhor PC para jogos.
Por fim, mas não menos importante, estão os DIY’s, pessoas como eu, que gostam de montar seus próprios computadores. DIY é a sigla para “do it yourself“, ou “faça você mesmo“. Gostamos de customizar nossas máquinas, comprar gabinetes maneiros, montar uma configuração que atende nossas necessidades e, no fim das contas, acaba saindo mais barato também. Além disso, nós gostamos de levar nossa máquina ao limite, montando sistema em dual channel, fazendo SLI e realizando overclock. Portanto, ainda é um mercado bem saudável.
Concluindo
Depois de tudo isso, podemos facilmente constatar que o mercado de PCs desktop está longe de morrer. Claro, que para os usuários domésticos, notebooks e tablets são bem mais atraentes e oferecem inúmeras vantagens. Mas, como vimos, existem vários nichos onde um PC comum ainda se faz imprescindível. Eu não abro mão da minha máquina. Você abre?
