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Conheça as principais distribuições Linux voltadas ao usuário iniciante

Sendo bem objetivo e prático, este texto tem o objetivo de apresentar qualquer um que queira as principais distribuições Linux para quem tem interesse e curiosidade de conhecê-las. Antes de mais nada, uma explicação sobre o que são distribuições Linux!

Imagine que você vai numa sorveteria e quer escolher um tipo de sorvete com um tipo de sabor. É mais ou menos isso, as distribuições são os sabores de sorvete e os ambientes gráficos são os tipos de sorvete, ou seja, cada distribuição Linux é uma opção do cardápio da sorveteria, então você escolhe aquele que supre suas necessidades. Mas então o que é Linux em si? Simples. O Linux é o nome do Kernel, o núcleo do sistema, na nossa metáfora, ele seria a massa do sorvete, sem açucar nem sabor.

Neste texto, falaremos sobre as que oferecem facilidades ao usuário que resolveu se aventurar no mundo do pinguim ou que pretende, mas tem a dúvida de qual distribuição deve usar. Boa sorte!

openSUSE

O openSUSE não foi sempre o que foi hoje, dentre muitas mudanças de equipe e nome, a compra da companhia pela Novell e várias metamorfoses que tornaram o SUSE o que é hoje.

openSUSE com KDE

Originalmente uma modificação do Slackware (uma distribuição voltada usuários avançados e de filosofia minimalista) lá em meados de 1994, o S.u.S.E, como era conhecido antes de ser adquirida pela Novell em 2006, oferecia uma opção variada a entusiastas da informática. Desde então, o SUSE foi dividido em openSUSE (desenvolvida pela comunidade para uso doméstico) e no SUSE Enterprise Linux (para uso corporativo e empresarial, oferece suporte técnico e vem com softwares proprietários).

Prós: Oferece o YaST, uma ferramente de configuração completa e intuitiva que serve tanto para usuários novatos e avançados. RPM-Delta permite atualizar componentes do sistema baixando apenas as modificações.

Contras: Cheio de recursos e incrementos que podem ser desnecessários e as vezes inutilizados, deixando o sistema mais pesado. Pouca documentação em português.

openSUSE com Gnome 3

Ambiente Gráfico: Versões oficiais com KDE e Gnome

Vale a pena? Vale, se você tiver uma máquina com configurações não tão modestas mas também nem super parrudas e esta querendo um bom começo numa distribuição Linux segura, corra para o openSUSE.

Ubuntu

É claro que a gente não poderia esquecer dele, o magnus opus da comunidade Linux. O Ubuntu surgiu como um projeto que tinha tudo para dar certo… e deu. Era financiado pela Canonical, uma empresa do carismático Mark Shuttleworth que ficou milionário depois de vender sua empresa de segurança para a Verisign e alguns anos depois resolveu viajar pelo espaço.

Ubuntu 11.04 com Unity

O Ubuntu foi anunciado em 2004 e lançado em Outubro do mesmo ano. Tinha a proposta de ser uma distribuição Linux focado no usuário doméstico e vinha com o apoio da comunidade e da Canonical, que desenvolvem até hoje o projeto de mãos dadas. O que fez o Ubuntu dar certo? Simples. Ele olhou o erro dos outros e com isso aprendeu a fazer o certo, além de um bom marketing em cima dele que disparou a popularidade da distribuição ao patamar de mais usada da plataforma. Baseada no Debian, outra distribuição Linux que é usada como base por muitas outras distros, o Ubuntu herdou o APT para o gerenciamento de pacotes e a estabilidade do seu “pai”.

Prós: Comunidade forte e grande numero de usuários a nível internacional. Facil para qualquer um que resolva usar. Ciclo de lançamentos Fixos. WUBI permite instalar o sistema via Windows sem muita intervenção do usuário.

Contras: O constante desenvolvimento e lançamento de novas versões gera bugs de lançamento e espanta alguns usuários.

Ambiente gráfico: Ubuntu usa por padrão o Gnome (com uma modificação chamada Unity), mas existem versões com KDE (Kubuntu), XFCE (Xubuntu) e LXDE (Lubuntu)

Vale a pena? O Ubuntu foi a primeira distro de muita gente que começou no sistema (até mesmo a minha primeira distribuição, o Ubuntu 8.04 Hardy Heron que ja está ultrapassada) então se você quer um bom começo, vai pelo Ubuntu.

Fedora

Mesmo que o Fedora só venha a surgir em 2004, suas origens remontam a 1995 no lançamento do Red Hat Linux. Em 1997 surgia um “concorrente” para o APT do Debian: O RPM Package Manager era uma alternativa ao gerenciamento de pacotes de software que fazia o Debian tão popular entre as derivações deste. Em 2003 a Red Hat fazia uma mudança radical no projeto, pois tinha se tornando uma empresa sólida, de renome e muito respeitada na comunidade Linux e acabou separando o Red Hat Linux para uso corporativo e a criação do Fedora Linux para a comunidade mas ainda com os olhos da companhia em cima do desenvolvimento para assegurar a estabilidade do projeto, assim como adaptar as ferramentes do Fedora para o Red Hat e vice-versa.

Fedora 15

Ainda com o controle da Red Hat sobre o projeto, é inegável que as tecnologias de segurança e inovação que surgiram no Fedora passaram despercebidas: O instalador Anaconda, o ambiente de virtualização XEN e muitas contribuições ao Kernel do Linux fez da comunidade do Fedora e do Red Hat ganharem prestígio e renome.

Prós: Distribuição com implementos avançados de segurança, ciclo de lançamentos fixo, muitos pacotes suportados, distribuição com constantes inovações.

Contras: A influência da Red Hat no projeto fez da distro uma espécie de “laboratório de testes” para uso na versão corporativa da empresa. Em termos práticos, o Fedora acabou prezando pelas ferramentas corporativas de segurança, virtualização etc e esquecendo a usabilidade do Desktop.

Vale a pena? O Fedora é uma distribuição com look n’ feel muito bonito (sou bem suspeito para falar isso, azul é minha cor favorita :P), bons features de segurança e uma beleza para inovações, mesmo pecando em usabilidade. É uma boa distro, se tiver tempo, teste e você descobre se gosta ou não.

Ambiente Grafico: Gnome e KDE

Linux Mint

“Da liberdade vem a elegância”. Esse é o Slogan do Linux Mint, uma distribuição baseada no Ubuntu (sente a cadeia: o Mint é baseado no Ubuntu que é baseado no Debian) que a vista grossa parece um Ubuntu com o tema trocado e um wallpaper e nome bonitinhos. Mas o Mint é bem mais que isso, ele pegou o Ubuntu e aparou as arestas da distro e tornou ela tão usável que parece brincadeira.

Linux Mint

Além das adições de Artwork que deixam a distro impecavelmente linda, os programas desenvolvidos e o pacote de software adicional suprem a necessidade de colocar pacotes no pós-instalação, coisa que geralmente da muita dor de cabeça. Isso faz do Mint uma distribuição que você instala e sai usando. Prático né?

Prós: O Linux Mint é basicamente tudo que o Ubuntu deveria ser, mas não é por algum motivo inexplicado ou superficial. Bem aberto a comunidade e aceita sugestões de usuários e cheio de programas out-of-box. Instalar e usar.

Contras: As outras variações do Mint (Versão comunidade com KDE e XFCE) nem sempre vem os últimos recursos da distro principal. Pouca preocupação com a segurança em relação a outras distros.

Ambiente Grafico: Gnome com versões especiais com KDE, XFCE e LXDE.

Vale a pena? Se você não foi muito com o jeitão do Ubuntu porque achou complicado, deveria tentar o Mint: ele é mais descomplicado e opera quase que sozinho o sistema todo, com pouca ou nenhuma intervenção do usuário.

Conclusão

Das quatro listadas, todas tem suas vantagens, desvantagens e benefícios a oferecer. Todas foram especialmente escolhidas levando em conta se estão ativas, oferece facilidades ao usuário doméstico e trabalha de forma independente, sem precisar de intensa intervenção do usuário. As citadas aqui são apenas as principais dentre as centenas de opções oferecidas dentro desse cadápio de sorvetes. Algumas te entregam o sorvete com confete, outras com creme de chocolate e algumas até dão os ingredientes para você fazer você mesmo, mas todas são no fim… sorvete.

Tags: Linux

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