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Leopard, o novo Vista?

Oliver Rist, da PC Magazine, escreveu uma crítica ao Leopard, num texto entitulado “Leopard is the New Vista, and It’s Pissing Me Off” (algo como Leopard é o novo Vista, e ele está me deixando maluco), onde diz que o Tiger é muito melhor que qualquer um deles, elencando pontos em que os dois se assemelham, começando com parágrafos indignados porque seu Mac travou seis vezes rodando o Mac OS 10.5, e nunca tinha travado antes rodando a versão anterior.

Eu nunca usei o Leopard, talvez o Tigos possa dizer algo mais consistente a respeito, mas eu conheço os produtos da Apple há quase três anos, e raramente ela decepciona. Ao contrário – e isso pode soar um tanto “fangirl”, mas eu não posso fazer nada a não ser dizer a verdade -, a Apple impressiona. Mas vamos lá.

Primeiro, ele diz que, assim como acontece com o Vista, usuários do Leopard vão esperar eternamente pelo próximo update. Acontece que o Service Pack do Vista ainda está previsto para chegar (sabe Deus quando), e daqui pouco menos de dois meses o sistema faz um ano. O Leo (olha a intimidade) foi lançado há pouco mais de um mês e já teve suas primeiras atualizações. E pelo que eu conheço a Apple, logo virão outras, além de outros features. Calma lá, Rist, ainda tem chão.

Rist também reclama: O Vista levou uns cinco anos pra ficar pronto, mas nunca saberemos quanto tempo o Leopard levou, já que só soubemos qual seria seu “apelido” no último ano. Vejamos… o Tiger foi lançado na primeira metade de 2005, se a Apple começou a fazer seu sucessor logo após o lançamento, não foram nem dois anos até ele. Nem dá pra comparar o tempo de desenvolvimento do sistema da Microsoft com o da Apple! Inclusive em se tratando de updates.

O segundo ponto destacado pelo colunista é o que ele chama de “efeitos gráficos desnecessários”, porque ninguém gostou do Aero do Vista e a primeira coisa que se vê ao logar no Mac OS 10.5 é a transparência das janelas. Essa foi doída, tive que ler duas vezes pra ver se era verdade. Ele reclama dos efeitos de tela e das perfumarias adicionadas porque são “parecidas” (se você comparar as telas de um e de outro sistema a uma distância de 1 km, obviamente)? Mas o Cheeta (Mac OS 10.0) já tinha transparências e o quiabo a quatro, entre outros recursos que podiam ser adicionados com programas de terceiros! Não gostou do tema? Usa um Mac OS X GuiKit, oras!

Além disso, ele reclama dos recursos de sistema utilizados. Bom, segundo o Benchmark realizado pelo pessoal do Ars Technica, realmente o Tiger supera o Leo, se rodando num iMac G5 32 bits, mas num Intel 64 bits (que pode ser o futuro para nós deste lado do hemisfério, mas já é uma realidade pra os países desenvolvidos), ele tem performance melhor. Só que se você olhar os números, vai ver que a diferença é mínima.

A terceira coisa da qual reclama o colunista é dos rearranjos de interface que consertaram o que não precisava de conserto. Engraçado… no site da Apple, as diferenças (em termos de usabilidade) são poucas. Há os stacks no dock, é verdade. Tem o Quick Look, pra agilizar pré-visualização de arquivos. A Time Machine, o Spaces… Aliás, no Tiger eu uso algo parecido com o Spaces. Se chama Desktop Manager. Totalmente, loucamente, absolutamente, insanamente intuitivo. Não entendeu como funciona? Guided Tour nele!

Não é à toa que a Apple possui uma extensa documentação com recomendações para o bom desenvolvimento de interfaces, para desenvolvedores. Deve ser o medo do novo inerente aos seres humanos…

Talvez Rist esteja certo no quarto ponto levantado: O Leopard tem problemas ao enxergar PCs nas redes. Como eu já disse, nunca usei o Leopard, porém há alguns casos de pessoas que reclamaram disso, e inclusive noticiamos aqui no Guia. Interessante que, de acordo com documentação disponível no site da empresa de Cupertino, isso foi corrigido no Mac OS 10.5.1, no update do qual o autor reclamou que demorou a chegar. Não seria o caso de ele apenas clicar em “menu Apple > Atualização de Software”? É o que parece.

O último ponto apontado por Oliver Rist trata a respeito dos aplicativos que vêm com o Leo, porque ele não gostou do Time Machine por ser “difícil de usar”. Difícil? veja o video abaixo, do colega de site Tigos:

Viu? Navega pela barra lateral ou avança e retrocede pelas setas. Nenhum segredo.Mas ele está certo em reclamar que o Time Machine não suporta backups de versões de arquivos, que seria um recurso extremamente útil – e que muito provavelmente será suportado nas próximas versões. Só que se você não gosta de um software, basta substituí-lo. Um tanto óbvio, não? Com uma simples busca no Google pelos termos “backup tool mac block-level support“, zilhares de aplicações que fazem o serviço podem ser encontradas.

Agora, reclamar porque o sistema faz backup enquanto você trabalha? Ok, da primeira vez demora um bocado (imagino), porque o aplicativo está backupeando o sistema todo, mas depois disso, o backup é incremental. Ou seja: não demora. Mais ou menos como uma indexação de sua biblioteca de músicas feita através do Windows Media Player.

E reclamar porque o software faz pleno uso dos recursos de core animation, os quais quem usa softwares gráficos pede aos céus que as empresas que desenvolvem tais aplicações façam uso pela gama de coisas que isso poderia oferecer (visualizacão e aplicação de filtros em tempo real, renderings muito mais rápidos, etc etc etc), mas que não o fazem porque as versões para diferentes plataformas devem ser idênticas (Windows sucks! Desculpe, não resisti), é reclamar de barriga cheia. É pra mandar o cara caçar sapo mesmo.

Voltando à questão do título: Leopard é o novo Vista? Definitivamente não.

Fonte: PC Magazine

Tags: Apple, Windows Vista

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