O mercado global de sistemas ERP segue em forte expansão. De acordo com a Precedence Research, o setor deve movimentar US$ 59,42 bilhões até o fim de 2025 e alcançar US$ 110,15 bilhões até 2034, sustentado por um crescimento médio anual de 7,1% na próxima década. Apenas em 2026, a projeção é de um salto para US$ 78,41 bilhões, segundo dados da Globenewswire — um ritmo que reflete a adoção crescente de tecnologias de automação e inteligência de negócios em empresas de todos os portes.

Os ERPs – sistemas integrados de gestão — evoluíram de ferramentas administrativas para plataformas inteligentes que conectam finanças, RH, cadeia de suprimentos, produção e relacionamento com clientes, permitindo decisões mais rápidas e precisas. “Os ERPs deixaram de ser apenas ferramentas de gestão para se tornarem verdadeiros centros de inteligência dos negócios”, afirma Carlos Drechmer, CEO da ACOM Sistemas, empresa responsável pelo EVEREST 3.0, solução voltada ao setor de food service. Segundo ele, o sistema permite que bares e restaurantes realizem “gestão completa do estoque, controle de documentos fiscais, administração da produção e fluxos financeiros, tudo de forma integrada”.
O setor de serviços é hoje o maior usuário dessas plataformas, representando 27,1% da receita global em 2024. A predominância se explica pela necessidade de eficiência em áreas como planejamento de projetos, gestão de recursos e atendimento ao cliente. No caso do food service, a tecnologia tem impacto direto na operação. “Com o EVEREST 3.0, o restaurante consegue identificar pratos mais vendidos em determinados dias, antecipar insumos, evitar rupturas de estoque e oferecer atendimentos mais ágeis”, explica Drechmer.
As médias empresas — com 50 a 499 funcionários — devem liderar o crescimento do setor nos próximos anos, segundo a Precedence Research. O movimento é impulsionado por soluções em nuvem, módulos personalizáveis e interfaces mais simples e intuitivas, fatores que democratizam o acesso a sistemas robustos. Para redes de restaurantes e franquias, os ERPs se tornam ainda mais estratégicos ao integrar informações de múltiplas unidades e garantir padronização de processos, desde a gestão financeira até rotinas de preparo dos alimentos.
A inovação no setor também é potencializada pela adoção de inteligência artificial e análise avançada de dados, que ampliam a capacidade preditiva dos sistemas. “Estamos vivendo uma nova era dos ERPs, em que a IA transforma dados em respostas rápidas, precisas e de fácil acesso — muitas vezes apresentadas em interfaces conversacionais”, destaca o CEO.
Um exemplo é o projeto em desenvolvimento pela própria ACOM: um ERP operado por mensagens de texto ou voz via WhatsApp e Telegram, permitindo que gestores administrem o negócio diretamente por comandos naturais, sem navegar por telas complexas. “Assim, os gestores podem focar no essencial: estratégia e crescimento”, conclui Drechmer.








