O autoatendimento deixou de ser exclusividade de grandes redes para se tornar uma solução viável e estratégica para varejistas de todos os portes. Segundo a Grand View Research, o mercado global de self-checkout deve movimentar mais de US$ 10 bilhões até 2030, com crescimento anual de 13,6%. A Global Market Insight também projeta avanço médio de 11% ao ano até 2027.
No Brasil, o consumidor já demonstra preferência: sete em cada dez pessoas optam por finalizar compras em terminais de autoatendimento, de acordo com pesquisa da APAS (Associação Paulista de Supermercados). A busca por agilidade, autonomia e menor contato físico — acelerada pela pandemia — impulsiona essa transformação no setor.
Para Eduardo Córdova, CEO da market4u, maior rede de mercados autônomos em condomínios residenciais e corporativos, o self-checkout representa uma mudança estrutural no relacionamento com o consumidor. “O cliente quer autonomia. Quando oferecemos liberdade com segurança e conveniência, fidelizamos”, afirma.
A seguir, Córdova lista cinco razões estratégicas para o varejo investir em self-checkout:
1. Fim das filas e mais fluidez no atendimento: O autoatendimento elimina um dos principais pontos de fricção da jornada de compra: o tempo de espera. “Menos filas significam mais conveniência e satisfação imediata”, explica Córdova.
2. Redução de custos operacionais: A tecnologia permite realocar colaboradores para funções mais estratégicas, como atendimento personalizado, reposição e ações promocionais. “Não é sobre cortar, mas sobre otimizar recursos”, destaca o executivo.
3. Mais autonomia, mais fidelização: Clientes que controlam sua experiência tendem a confiar mais na marca. “A autonomia fortalece o vínculo com o ponto de venda e gera recorrência de compra”, afirma.
4. Segurança e controle das transações: Soluções com monitoramento remoto, IA antifraude e sensores reduzem perdas e garantem transparência — tanto para o lojista quanto para o consumidor.
5. Integração com soluções digitais: O self-checkout é porta de entrada para estratégias omnichannel. No market4u, por exemplo, o app conecta o consumidor ao pagamento digital, promoções, marketplace e até a uma rede social interna dos condomínios.
Um novo comportamento de consumo
Para Córdova, a popularização do autoatendimento vai além da inovação. “Autonomia e praticidade deixaram de ser diferenciais: são expectativas. Quem não evoluir com o consumidor corre o risco de ficar para trás”, finaliza.