Análises

Teste do Guia: Caixas de Som eXtream Verdi

A maior parte dos computadores disponíveis no mercado, independentemente da configuração, deixa muito a desejar em três itens: teclado/mouse, gabinete/fonte e caixas de som. Isto acontece porque os fabricantes ou montadores de PC costumam comprar “kits prontos” com estes três itens e depois “recheiam” os kits com placas-mãe, HDs, etc. A maioria destes kits têm preço muito baixo e por isso a qualidade fica comprometida. O problema mais sério para o usuário fica por conta da fonte de alimentação, que muitas vezes não tem potência nem qualidade suficientes para atender uma determinada configuração do PC. Aliás, já falamos sobre isso em nosso teste das fontes de alimentação Huntkey.

eXtream Verdi

O PC atual é uma central multimídia. Podemos assistir filmes, escutar CDs, etc. Infelizmente, grande parte das caixas de som que acompanham o PC têm qualidade sofrível! São aquelas caixinhas minúsculas que eu costumo chamar de caixas de “ruído”. É importante lembrar que quase todos os computadores “desktop”, ou seja, “de mesa” têm placas de som com 6 canais de saída para os sons (5 canais e mais o subwoofer para sons graves). Assim, para aproveitar toda qualidade destas placas, existem no mercado caixas de som para PC excelentes. O problema é que se paga um preço bem maior por essas caixas de som e por isso os fabricantes costumam oferecer esse conjunto de caixas conhecido como 5.1 (5 caixinhas + 1 subwoofer) como opcional. Nem sempre o usuário está disposto a comprar um conjunto 5.1. Além disso, um bom conjunto 2.1 – 2 caixas para sons médios/agudos e 1 subwoofer para sons graves já é suficiente para obter uma boa qualidade de reprodução de sons.

Na semana passada, recebemos para teste as caixas de som eXtream Verdi. Trata-se de um sistema bem em conta que pode ser encontrado aqui no Brasil por cerca de R$ 100,00. Suas principais características técnicas são:

  • Feito de material 100% antimagnético (pode ser colocada próximo a monitores “de tubo” sem problemas).
  • Controle de graves e agudos no subwoofer
  • Subwoofer em MDF
  • Resposta de freqüência das caixas satélites: 200 Hz a 20 KHz.
  • Resposta de freqüência do subwoofer:35 a 200 Hz.
  • Relação sinal/ruído (SNR) maior que 75 dB.
  • Separação maior que 45 dB.
  • Tensão de alimentação: AC 120 V / 60 Hz.
  • Altofalante do subwoofer de 4″ e das caixas satélites de 2,5″ (polegadas)
  • Sensibilidade de entrada: 650 mV
  • Potência de saída (RMS): 6 W para o subwoofer e 1,5 W para cada caixa satélite – total 9 Watts.
  • Dimensões: subwoofer (140 mm x 210 mm x 202 mm) e para cada caixa satélite (81 mm x 114 mm x 85 mm).
  • Impedância nominal: 8 ohms para o subwoofer e 4 ohms para cada caixa satélite.
  • Peso: 2,3 Kg

A instalação do conjunto é extremamente simples. É só conectar as caixas satélites ao subwoofer e depois ligar o cabo estéreo do subwoofer na saída da placa de som. Para finalizar basta ligar o conjunto à energia e acionar a chave liga/desliga. Infelizmente, o comprimento dos fios pode ser curto dependendo da posição e dimensões do móvel onde o micro está instalado. Como usei um notebook para os testes os fios não atrapalharam. A saída do som subwoofer é direcionada para o chão o que pode prejudicar a qualidade, principalmente se este for acarpetado. Os controles do volume do conjunto e do volume dos graves (subwoofer) ficam localizados no “corpo” do subwoofer. Assim, dependendo da localização do subwoofer, o ajuste fica mais difícil para o usuário. O ideal é que o controle fosse feito em uma das caixas satélites ou ainda independente. Mas isso iria, com certeza, aumentar o preço do conjunto.

eXtream Verdi

O sistema também pode ser usado em tocadores de MP3, videogames, videocassete, etc., o que o torna bastante flexível. Para isto, estes equipamentos devem ter uma saída de som que possa receber um conector chamado de P2 estéreo (utilizado pelo sistema). Mesmo que a saída de som tenha outro formato (como no caso dos videocassetes), podemos usar adaptadores facilmente encontrados em lojas de som e vídeo.

Desempenho

O “eXtream Verdi” se saiu bem nos testes. É claro que não dá para exigir muito pois a potência máxima é baixa. Mas a qualidade do som é surpreendente, principalmente se levarmos em conta as dimensões e potências dos alto-falantes do conjunto. Praticamente não existem distorções, que só aparecem quando se chega próximo ao limite do volume. Para um escritório ou quarto pequeno/médio consegue-se um som honesto. Se o ambiente for maior, a intensidade do som fica abaixo do desejado, mas essa não parece ser a proposta do conjunto.

Conclusão

O conjunto “eXtream Verdi” consegue cumprir o que promete: fornecer um som de boa qualidade por um preço justo e relativamente baixo. Muito melhor que as famosas “caixas de ruído” que costumam acompanhar os micros disponíveis no mercado! Obviamente, temos que levar em conta suas limitações. Seus pontos fracos são o comprimento dos cabos e baixa potência. E os pontos fortes são: preço, dimensões reduzidas e flexibilidade. Uma boa opção de baixo custo para quem deseja um som melhor para seu PC.

Tags: Hardware

Você também vai gostar

Leia também!