Com a chegada do fim do ano, o setor financeiro brasileiro entra em seu período de maior pressão operacional e também maior vulnerabilidade. A combinação entre a liberação do 13º salário, o aumento do consumo e o volume elevado de transações cria um ambiente fértil para golpistas que vêm aprimorando suas técnicas com apoio da inteligência artificial. Entre julho de 2024 e junho de 2025, cerca de 24 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes financeiros, principalmente envolvendo PIX e comprovantes falsos, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública — perdas estimadas em R$ 29 bilhões.
A escalada do crime digital é nítida. Dados da Serasa Experian mostram que as tentativas de fraude com documentos falsos cresceram quase 30% no período, impulsionadas pelo uso de IA generativa para simular rostos, vozes, expressões e identidades completas. Deepfakes e ataques de spoofing se tornaram ferramentas baratas e acessíveis a criminosos, capazes de enganar procedimentos tradicionais de verificação baseados em senhas, tokens ou SMS — mecanismos que hoje já são considerados insuficientes frente ao nível de sofisticação das ameaças.
Com o fluxo de transações prestes a subir devido ao pagamento do 13º salário, instituições financeiras correm para reforçar a autenticação dos clientes. A biometria avançada surge como resposta mais sólida, e a população parece concordar: 74% dos usuários latino-americanos consideram soluções biométricas mais seguras, segundo o “New Payments Index”, da Mastercard. Tecnologias como reconhecimento facial ou digital processadas diretamente no smartphone oferecem proteção superior contra fraudes impulsionadas por IA, principalmente quando incluem Detecção de Vida Passiva (Passive Liveness Detection) — uma técnica capaz de identificar micro-respostas involuntárias do corpo humano, como reflexos de luz na pele, profundidade tridimensional e microexpressões, o que torna inviável o uso de fotos, vídeos ou deepfakes para validar identidades.
Soluções como as da Identy.io operam 100% no dispositivo do usuário, sem envio de dados biométricos a servidores externos, reforçando a privacidade e reduzindo riscos de vazamentos. A autenticação ocorre em segundos e funciona até mesmo sem conexão com a internet, permitindo que populações vulneráveis — idosos, moradores de regiões de baixa conectividade ou dependentes de programas sociais como o Cadastro Único — possam acessar serviços financeiros de forma segura. Em um país em que milhões dependem do digital para acessar benefícios e realizar transações essenciais, autenticação offline não é apenas inovação: é inclusão.
Além da biometria facial e digital, ganha relevância a biometria comportamental, que analisa padrões de digitação, movimentos, ritmo de navegação e outros traços impossíveis de serem replicados por bots ou deepfakes. Em períodos de risco sazonal, como Natal e pagamento do 13º, essa camada adicional se torna essencial para detectar anomalias em tempo real sem prejudicar a experiência do usuário.
A tendência é que o setor financeiro incorpore de forma massiva modelos de IA voltados para segurança. 52% dos líderes bancários no Brasil planejam investir em algoritmos antifraude de nova geração, capazes de analisar centenas de sinais simultaneamente e bloquear ataques sem intervenção humana. A Identy.io já aproveita esse movimento ao integrar IA avançada na Detecção de Vida Passiva e no reconhecimento facial, detectando spoofing com máscaras 2D/3D, deepfakes e tentativas de manipulação digital com precisão de milissegundos — inclusive em condições adversas, como baixa luminosidade.
Segundo Jesús Aragón, CEO da Identy.io, “a biometria avançada com processamento on-device se estabelece como um mecanismo indispensável para o Sistema Financeiro Nacional, não apenas oferecendo tranquilidade ao consumidor, mas também garantindo o cumprimento das regulamentações de segurança cada vez mais rigorosas do Banco Central. Embora a Detecção de Vida Passiva se consolide como uma característica crítica para enfrentar as ameaças de fraude atuais, a Identy.io também ajuda a garantir o cumprimento total das regulamentações internacionais de privacidade de dados por meio do processamento das informações no próprio dispositivo do usuário, oferecendo uma segurança sem senha (passwordless) robusta”.
Com fraudes cada vez mais sofisticadas e acessíveis graças à IA generativa, o Brasil entra em 2026 pressionado a acelerar a adoção de tecnologias que unam conveniência e proteção real. A autenticação biométrica avançada deixa de ser um diferencial e passa a ser infraestrutura crítica — a espinha dorsal da segurança digital em um país que realiza mais de 4 bilhões de transações via PIX por mês e segue no centro da transformação dos pagamentos digitais no mundo.









