Já faz quatro dias que 2012 deu às caras para nós, porém 2011 ainda funga no nosso cangote. Ainda fazemos planos, revemos erros, e prometemos melhorar em algumas coisas que não deram muito certo no ano que acabou de passar. Para alguns, os primeiros dias de um ano novo serve para contabilizar conquistas, metas alcançadas e progresso. Afinal, alguns erros podem surtir seus efeitos por longos anos, como bem sabe a equipe de desenvolvimento do Internet Explorer. E por falar nele, o time de desenvolvedores comemorou como nunca antes a morte, pelo menos nos Estados Unidos, do estorvo dos navegadores, o IE 6. Por isso, é muito importante dar um passo acertado, desde o ínicio, em qualquer coisa na vida. Agora parece que o IE está em boas mãos, a sua nona versão é bem agradável e estável, e o IE 10 está vindo aí. Mas quem já começou acertando foi a Google, com o o Chrome. E já está colhendo os frutos pelo acerto.
Lançado em 2008, num momento onde o mercado de navegadores já estava bem consolidado e disputado, a trajetória deste browser pode ser descrita facilmente como uma linha ascendente em um gráfico. Chrome começou o ano passado já como o terceiro navegador mais popular do mundo, com 15,68% de participação, segundo dados da StatCounter. A sua linha ascendente continuou galgando os degraus e 12 meses depois, em dezembro, sua participação era de 27,27%, ultrapassando o Mozilla Firefox que iniciara 2011 com 30,68% e em segundo lugar, mas o encerrara com 25,27% e em terceiro. Ou seja, um crescimento de 76% para o navegador da Google!
A Microsoft, que há anos lidera esta disputa e é, definitivamente, o browser a ser batido na atualidade, também não pôde comemorar muito em 2011. Os seus erros do passado (oi, IE 6) conquistaram o ódio dos desenvolvedores e dos usuários, e a empresa de Gates passou a ser vista como vilã da história e tinha que ser destronada! Ela ainda é líder, mas perdeu 7,35% de mercado no ano passado. Começou com 46% em jan/2011 e terminou com 38,65%.
Embora as diferentes empresas de estatísticas e monitoramento de uso apresentem relatórios com números divergentes, como por exemplo a NetMarketShare, que ainda aponta o IE com 47% de participação, e o Firefox em segundo com 20%, a tendência é a mesma: Internet Explorer caindo desde 2008, Mozilla Firefox mantendo a base de usuários com pequenas quedas, e Google Chrome só subindo, ano após ano. E esse cenário se repete em todos os relatórios de todas as empresas, diferindo apenas os números.
No começo de dezembro, o Chrome ultrapassou o Firefox. Se continuar assim, até o fim do mundo noticiaremos que o Internet Explorer, pela primeira vez na história, perdeu a liderança na corrida dos navegadores. A que se deve esse sucesso avassalador? A meu ver, primeiro, a qualidade do software, obviamente. Afinal, ninguém usaria por tanto tempo um navegador apenas por que ele é do Google! Segundo, campanhas agressivas de marketing, oriundas daquela que tem o conhecimento e o poder de divulgar para as massas uma ideia, ou seja, a Google. São anúncios dos mais criativos em diversos sites, propagandas na TV aberta, premiação para quem usar o browser, e assim por diante. E isso não está errado! Se ela pode, por que não fazer!? Portanto, ao contar os despojos, a gigante de Mountain View pode certamente concluir que 2011 foi um ótimo ano, mas 2012 pode ser ainda melhor!
