O Unity foi usado primeiramente na versão Netbook Edition (versão para Netbooks do Ubuntu com recursos mais leves) do Ubuntu em sua versão 10.10, mas a partir da versão 11.04 com o advento do GNOME 3 a Canonical simplesmente preferiu não adotar a nova interface: fundiu o Netbook Edition com a versão para Desktops e implementou o Unity nela. Desde então o Ubuntu roda o Unity, uma interface que roda sobre as bases do GNOME. Para esta análise vamos usar o Ubuntu 11.10.
E como é esse tal de Unity?
Eu costumo dizer que o Unity é dividido em três partes: a barra superior, a Dock e o desktop.
A barra superior funciona como barra de títulos, de tarefa e área de notificações simultaneamente, mas pode ficar tranquilo que aqui não é bagunça não. Se maximizo um aplicativo, a barra de titulos é movida para essa barra, ou seja, se eu passar o mouse sobre ela, ela vai mostrar os botões de maximizar, minimizar e fechar além de claro, a barra de menus. É basicamente uma versão melhorada do que se tem no Mac OS X. Ou piorada, depende do ponto de vista.
A área de notificações fica no canto direito e apresenta a maioria dos menus informativos: notificações de redes sociais e emails, gerenciador de conexões, gerenciador de audio, relógio, gerenciador de usuários e por ultimo um gerenciador de configurações. Tudo de fácil acesso ao usuário. Pode parecer confuso essa quantidade de coisas num lugar só, mas com o uso diário você percebe que não é. ;)

Na lateral esquerda fica a Dock. Seguindo um padrão, sua função primordial é manter os lançadores e oferecer fácil acesso aos aplicativos ja abertos. No Unity, os aplicativos abertos são indicados por setas. Uma seta do lado esquerdo indica que há uma janela do aplicativo aberta, duas setas indicam duas janelas e assim por diante. Uma seta do lado direito indica que esse é a janela ativa. Os ícones do aplicativo são preenchidos pela cor destacante do ícone (oi Windows 7?) e podem ser fixados, desafixados, movidos de ordem, maximizar e minimizar os aplicativos, além de claro, abri-los.
A Dashboard é outro elemento importantíssimo no Unity. É um botão com a logo do Ubuntu, o primeiro na dock (no Ubuntu 11.10, em versões posteriores ela ficava na barra superior). É com a Dashboard que a gente pode abrir mais aplicativos, procurar aquivos, abrir pastas e fazer pesquisas na internet. Ela tem quatro divisórias chamadas “Lens“, cada Lens tem uma função especifica que direciona seu comportamento e função.
A primeira, atalhos, oferece um caminho rápido as principais funções domésticas de um usuário comum (ouvir musica, abrir o navegador, verificar emails, etc), a segunda tem uma lista de aplicativos mais usados e lista todos os que estão instalados no computador além de oferecer sugestões de quais você pode instalar, a terceira oferece um acesso rápido as pastas e arquivos recentes e a quarta (e na minha opinião, não tão útil assim) mostra as musicas tocadas recentemente e atalhos para os álbuns e coleções. Todas as Lens contam com um campo de pesquisa que pode receber diversos filtros.

E como funciona?
O Unity do Ubuntu 11.10 funciona agora sobre as bases do GNOME 3 que já foi analisado num outro post desta série. Isso significa que ele usa as mesmas bibliotecas do GNOME, o GTK. Basicamente, isso significa que qualquer aplicativo nativo do GNOME vai funcionar no Unity, devido ao fato deste ser um GNOME com o gerenciador de janelas (é o que intermédia os comandos do usuário com os comandos que o sistema recebe). Isso faz com que os elementos da área de trabalho sejam diferentes, mas com o núcleo igual. É como duas camisetas: o modelo e a marca são diferentes, mas a fábrica e o tecido usado são os mesmos.

É importante salientar também que o Unity funciona muito bem com o teclado. A exemplo disso, você pode apertar a tecla super (ou tecla Windows, depende do teclado) e digitar o nome da sua musica favorita, apertar a seta abaixo, teclar o enter que ela vai ser tocada. Também há possibilidade de segurar a tecla super e apertar o numero correspondente ao ícone do aplicativo na dock para executá-lo ou trazer sua janela de volta a frente. Bem prático hein? :P
Conclusão
O Unity é uma das mais novas interfaces do Linux e caminha a passos largos na sua evolução como uma grande interface gráfica sólida e de fácil uso. Seu foco quando foi criada era o usuário doméstico no uso em netbooks, mas ideia se expandiu para os desktops e notebooks normais expandindo e muito seu uso e batendo de frente em outras interfaces já consolidadas no Linux.