O mercado brasileiro de arte se prepara para entrar em uma nova era com o lançamento do iArremate Legacy, primeira plataforma nacional a aplicar ciência de dados, modelos econométricos e inteligência artificial (IA) à cotação e análise de obras de arte. Desenvolvida pela plataforma de leilões iArremate, a solução inédita chega ainda este ano com a proposta de transformar a arte em um ativo comparável e mensurável, rompendo com a tradição de avaliações subjetivas e ausência de indicadores concretos.
O projeto marca um novo capítulo na trajetória do iArremate, principal vitrine online de leilões de arte no país. A partir de algoritmos proprietários e uma base robusta de dados históricos, o iArremate Legacy oferecerá ferramentas como índices de valorização de artistas, indicadores de liquidez de obras, relatórios periódicos de tendências e comparativos com ativos financeiros tradicionais, como ações e imóveis.
“Estamos criando transparência onde havia opacidade, inteligência onde predominava a intuição. O Legacy é mais do que uma ferramenta: é um passo institucional na modernização do mercado de arte brasileiro”, afirma Vinícius Villela, CEO do iArremate.
A estruturação da nova plataforma conta com o apoio técnico e metodológico do economista Thierry Chemale, professor da Fundação Getulio Vargas e especialista em ativos intangíveis. Ele é o responsável pela validação científica dos modelos estatísticos e pelo desenvolvimento das fórmulas aplicadas.
Tecnologia para um mercado em transformação
O lançamento ocorre em meio a um movimento global que aponta para a democratização do consumo de arte. Relatório recente da Art Basel com o UBS mostra que, mesmo com queda na receita total do setor, o volume de transações aumentou — impulsionado por obras mais acessíveis e colecionadores mais jovens.
“A arte está se tornando cada vez mais um investimento. Para esse novo público, que já tem familiaridade com produtos de menor risco e dados objetivos, o Legacy oferece uma base confiável para tomada de decisão”, observa Villela.
A plataforma usará IA para precificação automatizada, previsão de liquidez, e até para detectar padrões de comportamento de colecionadores — recurso inédito no mercado cultural brasileiro.
“A informação imperfeita sempre foi a grande trava do setor. O Legacy nasce como antídoto: sistematiza, organiza e compartilha os dados que o mercado precisa para evoluir”, complementa Chemale.
Expansão internacional no horizonte
Além de atuar no Brasil, o iArremate Legacy tem ambição global. A expectativa é que, em médio prazo, a plataforma seja reconhecida por investidores, galerias e veículos internacionais como fonte oficial de dados e análises sobre o mercado de arte brasileiro.
O lançamento da plataforma está previsto para o segundo semestre de 2025, inicialmente por meio de assinatura.