Ctrl + Alt + Del. Esse atalho do teclado é bem conhecido entre os usuários do Windows, sistema usado em mais de 90% dos computadores. Ele permite ter acesso à algumas funções do sistema, dentre elas o Gerenciador de Tarefas ou Task Manager, em inglês. O Windows era famoso, pelo menos em parte, por seus constantes travamentos e lentidões, ao menos em suas versões anteriores. Assim, quando alguma aplicação travava, era praticamente automático o usuário se valer das teclas de atalho acima para forçar o fechamento do programa. O Gerenciador de Tarefas serve para coisas muito úteis, como checar a quantidade de consumo de memória, o uso da CPU, quais programas e processos estão abertos e funcionando, conferir o uso da rede, dentre outras coisas. Porém, para usuários mais avançados, o programa nativo do Windows se mostra insuficiente e com poucas opções. Visando esse público, muitas empresas criaram programas que surgiram com a intenção de substituírem o Gerenciador de Tarefas padrão, dando mais controle e um maior número de opções ao utilizador. Hoje vamos analisar justamente um desses candidatos à novo “gerente de tarefas do Windows”. Estou falando do System Explorer, desenvolvido por uma empresa de mesmo nome. Vejamos se ele tem competência para substituir o programa nativo do sistema.
Instalação
O System Explorer é um utilitário bem pequeno, pesa pouco menos de 2 MB. Ele possui duas versões: uma “tradicional”, instalável; e outra portátil, para ser usada em pendrives. Nós testamos a versão instalável. Você pode baixá-la diretamente deste link, ou da página da desenvolvedora. O processo de instalação segue o habitual Next/Next/Finish, sem maiores complicações ou segredos. Ao finalizar a instalação do utilitário, ele pergunta se queremos fazer um escaneamento no sistema. Mas como assim escaneamento? Essa é uma das funções do System Explorer. Se valendo do banco de dados do VírusTotal, da Jotti e de sua própria base de dados, ele é capaz de detectar processos maliciosos que porventura estejam sendo executados no Windows.
Eu achei o recurso realmente bem interessante. Eu até comecei a fazer o escaneamento, que ocorreu sem problemas até certo ponto. Porém, depois ele retornou um erro desconhecido. Talvez seja por que eu esteja usando o Windows 8. Mas não posso afirmar com certeza.
Interface
A interface do System Explorer, à primeira vista, é ótima! Ele é bem organizado, seus botões e opções estão bem localizados, de forma que torna a aparência do programa bem agradável. Ele lembra, um pouco, o visual do Google Chrome. Isso por que os campos de monitoramento são organizados em abas, localizados na parte superior do programa. Elas têm uma aparência que lembram muito as da aba do navegador da Gigante das Buscas. Além disso, você pode personalizar quais abas serão apresentadas, adequando o software às suas necessidades. Ainda na parte superior da janela, vemos um botão grande e laranja escrito “Menu”, num esquema que lembra a interface de versões anteriores do Firefox. O Gerenciador de Tarefas do Windows 8, sistema que ainda está em fase de testes pela Microsoft, está bem mais maduro e apresentável. Eu decidi colocar ambos lado a lado e comparar suas respectivas aparências. Veja só:
Sinceramente, não sei qual interface é a melhor. Ambas têm seus pontos positivos e negativos. As duas são muito bonitas e eficientes. No quesito “aparência”, tanto o System Explorer quanto o Task Manager do Windows 8 se saem muito bem. Mas se compararmos com o utilitário nativo do Windows 7, o programa que estamos analisando agora tem clara vantagem. Outros pontos positivos que consegui enxergar, foram as informações sobre consumo de CPU, RAM e quantidade de processos sendo executados. Eles são mostrados no rodapé da janela, facilitando bastante o acesso à essas informações. Além do mais, podemos checar tais dados com mais detalhes na área de notificação do sistema.
Na parte do meio, que obviamente ocupa a maior parcela da janela, vemos as informações referentes à cada aba selecionada. Ao selecionarmos um dos itens disponíveis, na parte inferior veremos alguns dados adicionais sobre aquele processo selecionado, como nome, empresa responsável e outros dados úteis, que podem nos ajudar a identificar algum arquivo malicioso em execução, se assim quisermos. Apesar de ser predominantemente de muito bom gosto, a interface peca um pouco por às vezes ter um ar antigo, retrógrado, mas isso é apenas um detalhe que um chato como eu observa. :)
Desempenho
O programa contempla muitas opções, é verdade, mas isso não quer dizer que ele seja pesado. Aqui no meu computador, ele consumiu entre 10 a 15 MB. E o consumo de CPU também é bem baixo, sempre fica abaixo dos 5%. Em momentos de pico ele chega a um pouco mais de 10%, mas isso não chega a ser um problema, já que são por breves momentos. Como não podia deixar de ser, comparei também com o consumo do Gerenciador de Tarefas nativo do Windows. O uso do processador ficou equivalente, os dois sempre apresentavam valores próximos, ora com o System Explorer usando mais, ora usando menos. Quanto ao consumo de memória RAM, o utilitário que vem nativamente no Windows sempre consumiu um pouco mais, durante todo o tempo em que ambos estavam em execução. Dessa maneira, o System Explorer não deve pesar em nenhum computador, por mais fraco que ele seja.
Funcionalidades
O quesito em que o System Explorer mais impressiona, sem sombra de dúvidas, é na variedade de recursos, de funções. Ele oferece um leque bem maior do que o programa padrão do Windows. Primeiro, por que ele tem suporte a 29 idiomas, incluindo o nosso querido Português Brasileiro. Assim, se você não for muito chegado ao tradicional inglês, pode alterar o idioma indo em Menu>Options>General>Set program language to. Então, escolha entre os idiomas disponíveis.
Por padrão, o System Explorer apresenta quatro abas: Tarefas (Tasks), Processos (Process), Desempenho (Performance) e Histórico (History). Em Tarefas, visualizamos os programas que estão abertos. Recurso semelhante ao encontrado no Gerenciador de Tarefas do Windows. Podemos forçar o encerramento do programa, caso ele esteja travado, ir direto para a pasta onde se encontra o executável que está em ação, obter informações do ficheiro em sites como Google ou o ProcessLibrary e ainda enviar o programa para ser escaneado pelo VirusTotal ou o ScanJotti. Na aba Processos, podemos visualizar as mesmas informações que constam da guia anterior, porém com um nível de detalhamento ainda maior. Cada mísero processo que estiver sendo executado em sua máquina será ali listado. Além das opções mencionadas acima, poderemos não só encerrar, como reiniciar a aplicação, mudar a sua prioridade, afinidade e cortar toda a árvore de processos relacionada com aquela aplicação que você estiver visualizando.
Em Desempenho temos um panorama geral de como estão sendo usados os recursos disponíveis em nossa máquina, como processador e seus cores, separadamente, memória física, virtual, de paginação, taxa de leitura e escrita, dentre outras coisas. Essas informações são visualizadas em um gráfico que, confesso, achei um tanto feio e confuso. Mas não atrapalha a assimilação das informações. E por fim, temos a aba Histórico, que guarda absolutamente tudo que foi feito no seu computador, como cada autorização TCP/IP utilizada no acesso à rede.
Você pode, ainda, adicionar ou retirar abas ao seu bel prazer. Você pode observar um botão com o sinal de “+” ao lado da guia Histórico. Clicando lá, você terá mais opções, como Drivers, Conexões, Execuções Automáticas e uma penca de outros parâmetros para você ter cada detalhe de seu computador e sistema sob controle. O System Explorer possui ainda uma série de outras opções de personalização. Vale a pena tirar um tempo para dar uma fuçada mais profunda no programa.
Custo-Benefício
O System Explorer é um programa totalmente gratuito. Leve, se integra totalmente ao Windows e pode até ser colocado como padrão. Além disso, oferece um número bem maior de opções do que a ferramenta nativa do sistema, sendo totalmente personalizável e colocando as informações importantes em locais de fácil acesso. Com isso, o custo-benefício do programa não podia ser outro senão excelente! Se o Gerenciador de Tarefas que vem embutido no Windows não lhe agrada por apresentar poucas opções, o System Explorer pode, sem problemas, ocupar este lugar. E, o mais importante, de forma gratuita!
Conclusão
O veterano Gerenciador de Tarefas que vem junto com o Windows desde suas pioneiras versões cumpre bem o seu papel, principalmente no Windows 8, onde os desenvolvedores deram um tapa no visual dele. Mesmo assim, ele continua apresentando poucas informações para usuários mais avançados e exigentes. Se você se enquadra nesta categoria, o programa aqui analisado, System Explorer, poderá atender, e muito bem, às suas necessidades. Ele oferece uma gama realmente muito grande de opções, tanto de monitoramento quanto de controle da sua máquina. Além do mais, é leve e gratuito. Vale ao menos testá-lo por um pouco. Tenho certeza que você o considerará em muito superior ao programa nativo do Windows.
Espero que tenha gostado dessa análise. Caso tenha alguma sugestão de softwares para analisarmos, nos mande um e-mail para contato@guiadopc.com.br, lemos tudo que chega até nós e, se realmente vier à calhar, publicamos aqui uma análise com a sua sugestão. Enquanto isso, por que não dá uma lida em outras análises já publicadas por aqui?
