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O Windows 8 acabará com o reinado do iPad?

Dentre as principais características do Windows 8, a que mais chamou a atenção foi, sem dúvida, sua nova interface, nomeada de Metro, que representa uma quebra de vários paradigmas no que diz respeito ao ambiente Windows. Claramente pensada para ser melhor aproveitada em tablets e monitores com tecnologia touchscreen, a interface Metro está dividindo opiniões entre os usuários e entusiastas.

Há os que dizem que ela será um fracasso e que a Microsoft continuará com a tradição de lançar um SO excelente e outro péssimo. Há os que adoraram o Metro e seu visual diferenciado. Bem, para os que não gostaram, é importante salientar que a interface tradicional do Windows continua lá, inclusive com melhorias! Eu, da minha parte, ao pensar sobre esse assunto e no impacto que o Windows 8 poderá causar no mercado tecnológico, imaginei que ele poderá ser o verdadeiro iPad Killer. De repente, não me pareceu tão absurda a ideia de que o Windows 8 seja um concorrente fortíssimo para desbancar a Apple, com a dupla iOS e iPad, e também a Google com seus inúmeros tablets com Android. Bem, vou explicar melhor. Mas antes, um pouco de história.

Relembrar é viver

Era uma vez, um mercado que necessitava de um dispositivo ultra-portátil para realizar tarefas leves, como editar textos, consultar sites, dar os retoques finais em um trabalho, etc… Notebooks eram pesados demais, smartphones tornavam a tarefa inviável e tablets… bem, eles não existiam na época. Existiam, mas não eram populares. O salvador da pátria, porém, foi um camarada que atendia pelo nome de netbook.

Foi bom enquanto durou

Pequeno, leve, cabia perfeitamente em um compartimento qualquer de uma mochila e se propunha exatamente a isso: ser um aparelho portátil, para tarefas leves. Ele não pretendia concorrer com os notebooks. Ele não havia sido pensado para tarefas parrudas. Comportava hardware enxuto, e nem sequer rodavam Windows no começo. Perfeito! Os consumidores se entusiasmaram com a ideia e netbooks eram vendidos como água.

E devolvidos como mulheres da vida, depois de usadas. As pessoas não gostaram do netbook. O que antes era qualidade, tornara-se defeito. Ele é pequeno demais, diziam. As teclas são muito próximas. Não tiro a razão dos consumidores. Realmente, escrever um texto no Word numa telinha de 10 polegadas era horrível. Claustrofóbico! As pessoas não pegaram bem a ideia do netbook. Elas não queriam um dispositivo portátil. Elas queriam fazer as mesmas coisas que faziam em um desktop, ou mesmo notebook. Elas queriam a mesma experiência, a mesma sensação.

iPad – O Carrasco

Mesmo com a alta taxa de devolução dos netbooks, as empresas continuavam a fabricar vários modelos. Acer, Samsung, HP e muitas outras continuaram acreditando nele. No entanto, uma empresa muito relevante no setor não deu a menor atenção a eles. O nome dela: Apple. Enquanto alguns achavam que ela estava perdendo um tempo precioso neste nicho, ela estava, na verdade, criando outro.

Até que um dia, em uma keynote realizada em San Francisco, Steve Jobs apresentou ao mundo o iPad. Tela de 9,7″, portabilidade, praticidade, boa autonomia e cuja proposta ia um pouco mais além dos netbooks. Ser, além de um dispositivo portátil para fazer tarefas simples, uma verdadeira central de multimídia, perfeito para ver filmes, fotos, ler livros, ouvir música etc…

Nem preciso dizer quem levou a melhor

A mídia especializada não perdoou e logo condenou o recém-nascido tablet, afirmando que ele teria o mesmo destino dos netbooks. Seria claustrofóbico. Mas não foi assim. O iPad se tornou um sucesso de vendas e inaugurou um novo mercado, os dos tablets, que hoje é acirradíssimo! Por que isso aconteceu?

A meu ver, porque o público encarou o iPad como um novo produto, um dispositivo diferente. E não como um “notebook pequeno e fraco”. O iPad foi visto pela maioria, como “tecnologia de ponta”! Nada ficava pequeno, apertado em sua tela de quase 10″, e o público entendeu muito bem a sua proposta: ser uma central de entretenimento, para se consumir mídias e informações. O iPad tem limitações? Claro! Os consumidores sabem disso, mas as aceitam como sendo um fato da vida, algo inerente aos tablets.

Windows 8 – O que ele pode mudar

Apesar das limitações dos tablets atuais serem passivamente aceitas pelos usuários, isso não quer dizer que eles não almejem a mesma experiência que têm em um desktop. Portanto eu acredito que quando for possível transferir a experiência que um desktop pode dar para dispositivos portáteis, como tablets, os usuários migrarão na hora! Quando não houver mais limitações entre esses dois mundos, a aceitação será imensa.

O futuro?

E isso meus amigos, o Windows 8 tem potencial para apresentar. Um sistema operacional que roda nos tablets essencialmente a mesma coisa que executa nos computadores de mesa. Um sistema operacional que requer apenas a sua Live ID para te dar as mesmas coisas, as mesmas configurações, em qualquer computador e em qualquer dispositivo! Essa é uma perspectiva… smplesmete incrível e animadora!

Não é a mesma coisa que a Apple faz, já que ela tem dois sistemas operacionais, um para desktops e notebooks e outro para tablets e smartphones. O Android não está nem perto de fazer isso, já que só agora eles lançaram um SO otimizado para tablets. Eu vejo o mundo da Tecnologia da Informação em constante evolução. E como tal, sobrevive quem melhor se adaptar ao meio. Neste estágio que estamos presenciando agora, acredito que sistemas como iOS e Android, são os Homo Sapiens dos dispositivos móveis. São bons, mas nem se comparam aos Homo Sapiens Sapiens.

P.S.: Gostaria de salientar que esta é apenas a minha opinião. Antes de você se armar com seu teclado e atacar minhas ideias nos comentários, saiba que eu posso perfeitamente estar errado e o Windows 8 ser um lixo. Mas eu posso estar certo também. :-)

Tags: Apple, Gadgets, Google, Microsoft, Windows, Windows 8

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