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Interface Gráfica vs Linha de comando

Introdução

Quando a informática ainda engatinhava, os computadores funcionavam em uma interface de linha de comando, onde o usuário digitava uma série de instruções, o computador processava e retornava com as informações processadas para o usuário. Os comandos era simples, diretos, precisos mas apresentavam um inconviniente: era necessário que o usuário soubesse todos esses comandos (e eles geralmente vinham escritos em um manual em inglês). Foi aí que a Apple e a Microsoft desenvolveram uma interface gráfica que, aliada ao mouse, eliminou as barreiras e a necessidade de usar comandos e preparou o mundo da informática para o que é hoje: ícones, janelas, menus, botões etc. O computador se tornava mais amigável e convidativo e eliminava-se a necessidade de aprender todos os comandos do computador, além de abrir portas para novos tipos de aplicativos.

Ninguém tem paciência comigo :(
Ninguém tem paciência comigo :(

Surgida a interface gráfica, o terminal de comandos foi cada vez mais escondido dos usuários, agindo de vez em quando nos bastidores ou pulando por alguns segundos numa instalação mais complexa ou outra. Mas apesar disso, o terminal ainda é uma ferramenta muito forte e utilizada nos sistemas operacionais UNIX (Mac OS X e Linux por exemplo) e partem numa filosofia de co-existência entre a interface gráfica e o terminal. E talvez isso cause um certo ar de desconfiança e desdém por quem usa Windows, especialmente os da nova geração. A Microsoft simplesmente esqueceu dele e apostou todas as suas cartas na Interface Gráfica.

Simplicidade vs Facilidade

Quando eu instalei o Arch Linux pela primeira vez em 2009, fiquei fascinado com a simplicidade do sistema e aprendi a duras penas de que simplicidade não é sinônimo de facilidade. Por mais paradoxal que isso possa parecer a primeira vista, você pode chegar a conclusão de que não é.  Simples é aquilo que se baseia no minimalismo, sem excessos ou extravagâncias e não algo que muitas vezes é intuitivo e amigável. É esse o ponto que queremos chegar nesse artigo.

Apesar de hoje em dia a interface gráfica dominar os computadores domésticos, muitos supercomputadores operam em linha de comando para economizar espaço em disco e agilizar a manutenção: interfaces em textos são mais simples e diretas e não obrigam  gerenciador do sistema “caminhar” pelos menus como acontece na interface gráfica.

Entretanto, o modo texto ainda oferece algumas praticidades em cima da interface gráfica: comandos diretos agilizam e retiram tempo de atividades que demorariam mais tempo executando via interface gráfica, pois precisam ser acessadas em menus e submenus. O grande problema é que a nova geração simplesmente esta acomodada com a interface gráfica e teme qualquer coisa que envolva abrir a tela preta e letras acinzentadas por simplesmente achar que é algo perigoso e complexo, quando na verdade apresenta comandos muitas vezes mais fáceis de se usarem quanto nos menus gráficos. Exemplo clássico disso são os comandos do Linux: não precisam ser necessariamente usados, pois as interfaces gráficas mais modernas acompanham diversas ferramentas de configuração sofisticadas, mas que em geral não são simples e objetivas, requerendo diversos cliques para realizar uma operação específica que levaria meros segundos num terminal, e talvez essa seja o motivo da maioria das dicas ou suporte dado para o Linux seja passado via comandos no terminal: economiza tempo e complexidade.

O comando “sudo apt-get upgrade” e o botão “Instalar Atualizações” fazem a mesma coisa. (Clique para ampliar)

Portanto, gostaria de incentivar meus leitores a explorarem mais os terminais para dependerem menos de botões e janelas, em especial incentivo para quem usa Linux ou Mac OS X, pois o Terminal do Windows (pelo menos para mim) nunca pareceu muito poderoso, dinâmico e moderno.  Explorem os terminais – eles são ferramentas muito úteis para realizar tarefas de configuração – atualizar os pacotes do sistema por exemplo, pode ser feito em um simples comando – e economizam precioso tempo nos dias de hoje. Pode parecer complicado a primeira vista, mas memorizando alguns comandos pode parecer mais prático do que decorar menus.

Tags: Apple, Artigo, Destaques, Linux, Microsoft, Windows

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