Quem usa Apple sabe: durante anos sua representante brasileira não nos atendeu à altura dos produtos que oferece e tratou latino-americanos em geral, e brasileiros em particular com o mais completo desprezo, fazendo com que uma simples troca de peças demorasse até dois meses para ser efetuada, além de apreçar os produtos com valores acima dos reais, até mesmo com todas as taxas da aduana inclusas.
Mas isso vem mudando vagarosamente no último ano. Os produtos tiveram queda acentuada nos preços: antes, se comprava um iPod Shuffle por mais ou menos 600 reais, e hoje o bicho sai por 369 dinheiros; o iMac (linha desktop de computadores da Apple) sai por aproximadamente 5000 reais, quando antes não se saía da loja sem deixar 8000 reais (e um rombo assustador na conta bancária).
Recentemente, a Apple abriu quiosques com seus produtos em supermercados da rede Extra no Rio e em São Paulo, dando mais oportunidades ao público leigo de conhecer a plataforma que não domina nem 3% do mercado mundial de computadores. Ao que parece, a Apple está dando um grande passo rumo à dominação mundial (sonho que ela tenta concretizar desde 1984, com o Macintosh): Portugal (o “primo pobre” da Europa) e México (por onde o representante da empresa na América Latina disse que começariam os investimentos) ganharam suas lojas virtuais, e segundo os planos, o Brasil seria o próximo da fila.
Mais impressionante: Steve Jobs vem para o Brasil. Não é confirmado ainda, mas para ter uma noção do quanto se pode acreditar nisso, é que esta manchete é capa da Isto É Dinheiro deste mês.
Eu não sei quanto aos demais usuários de computadores que existem por aí, mais uma pequena parcela (menos de 3%), sonha com o dia em que o Grande Irmão governará absoluto. E pelo jeito, esse dia não demorará a chegar.
