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Guia do Mac – Parte 2

Antigamente, era possível dizer que Macs e PCs perteciam a plataformas distintas. Hoje, porém, os dois pertencem à plataforma Intel (x86), e as diferenças em torno dos dois tipos de máquinas são quase mínimas.

Eram arquiteturas diferentes: enquanto os PCs usavam (e usam) microprocessadores CISC, os Macs usavam RISC. Até 1994, os computadores da Apple usavam processadores da Motorola, quando trocaram para a linha PowerPC, desenvolvida pela IBM, que vigorou até o PowerPC G5. Em 2005, os PowerPC foram substituídos por chips Intel x86.

Apesar de fisicamente PCs e Macs serem idênticos, ainda são tratados como plataformas. Isso se deve ao fato de que o chip Intel utilizado no Mac possui instruções de hardware que não permitem rodar Windows nativamente nele. Para isso é necessário utilizar o Boot Camp, e utilizar o computador em dual-boot com Windows, por exemplo.

Outra diferença gritante entre Macs e PCs é que o Mac é uma máquina montada. Ele permite personalização, upgrades, porém de maneira mais limitada, mas é mais flexível do que o senso comum nos leva a pensar. Pode ser ruim quando o propósito que se tem para uma máquina é mais específico, mas pense bem: um dos motivos para o Windows ser mais instável e linuxers terem alguns problemas ao configurar seu hadrware é a despadronização. Os desenvolvedores de sistemas operacionais baseados na “plataforma PC” precisam estar atentos para o fato de que cada PC no mundo pode ser completamente diferente de outro, resultando nas mais diferentes combinações possíveis de componentes, e precisam que seu software rodem bem em todas elas.

Mas uma das principais diferenças entre os dois tipos de computadores é, com certeza, o software. Baseado no Unix, o Mac OS X começou a ser desenvolvido em 1997, usando a tecnologia desenvolvida no NextStep, o OS da empresa que Steve jobs criou nos “tempos de exílio” da Apple, e que foi comprada por ela depois que Jobs retornou.

É o sucessor do Mac OS (também conhecido como System), que tinha um gerenciamento de memória fraco comparado aos sistemas atuais. Para se ter uma idéia, a coisa funcionava mais ou menos como pátio de colégio: às vezes um aplicativo mais fortão achava que precisava de mais memória que outro e “roubava” tudo para ele. Os outros, por conta disso, não respondiam, e o usuário precisava sair à cata do aplicativo travado, pois era impossível saber qual o responsável pela confusão. Felizmente, estes problemas acabaram com o Mac OS X, mas ainda é possível vivenciar “aventuras” deste porte com o Classic, aplicativo que emula o Mac OS dentro do Mac OS X, para usuários que estejam em transição da era pré-Unix e pós-Unix (imagem acima).

Logicamente, algum hacker descobriu como rodar o OS X num PC e fazer com que ele deixe de ser exclusividade das belas máquinas projetadas em Cupertino, mas de maneira legal, é impossível comprar uma caixa do sistema e instalá-lo em seu PC.

Por enquanto é isso. Mais sobre Macs no próximo artigo da série, e se você não acompanhou, não deixe de ver o primeiro capítulo da série Guia do Mac.

Referências:
Macintosh – Hardware – Wikipedia
Upgradeabilidade dos Macs – Mario AV
Rodando o Mac OS X em PCs comuns – Blog MacMagazine [fins didáticos] NextStep

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