Esqueça toda aquele papo furado sobre Linux ser livre e gratuito! Se você quer migrar para o Linux, veio ao lugar certo! Mas antes de pensar em migração, você deve se perguntar: “Que tipo de usuário sou eu?”. Gamers e usuários que precisam de aplicativos específicos de aúdio, vídeo e imagem podem não se adaptar bem ao Linux, mas por outro lado os usuários comuns que utilizam o computador para tarefas básicas como navegar, ler emails, utilizar o MSN, e bisbilhotar a vida alheia no Orkut, podem sim considerar a migração.
E por onde eu começo?
A primeira coisa a fazer antes de instalar o Linux, é escolher qual distribuição vai usar. Existem dezenas de distribuições diferentes, voltadas para usuários diferentes. Se você perguntar a um Linux user qual distribuição ele recomenda, ele provavelmente vai te xingar dizer que só testando você vai saber escolher. A crescente lista de distribuições disponíveis abre um leque de possibilidades, mas por outro lado pode deixar um novato na dúvida de qual escolher. Usuários sem qualquer experiência com o Linux acabam optando por distribuições como o Ubuntu ou o Kurumin, mas elas não são as únicas. Para acabar com esta dúvida, recomendo este teste que pode te ajudar a escolher a distribuição mais adequada ao seu perfil.
Escolhi a distribuição. E agora?
Agora você tem duas opções. Pode instalar no HD ou (se a distribuição escolhida permitir) testá-la através do Live-CD. Recomendo que você teste a distribuição antes para ter certeza de que quer instalar. Fuce bastante, descubra os caminhos, os aplicativos, os atalhos… faça tudo o que puder fazer agora para não acabar estragando a instalação logo nos primeiros minutos. Cheque principalmente se todo o seu hardware se comportou bem com o Live-CD.
Dual-boot ou não?
Testou, gostou e resolveu instalar? Ótimo! Agora você tem mais duas opções. Formatar sua partição Windows substituindo-a totalmente pelo Linux, ou criar um dual-boot e manter os dois instalados. Muita gente (inclusive os usuários mais avançados recomendam) opta por manter os dois instalados na mesma maquina, até por questões de compatiblidade, para o caso do Linux não suprir totalmente suas necessidades. Eu, particularmente, recomendo eliminar o Windows de uma vez por todas (claro, se for sua vontade). Não é questão de ser radical, muito menos xiita, porém mantendo o Windows instalado você vai correr de volta pra ele cada vez que encontrar alguma dificuldade com o Linux.
Escolha um ambiente gráfico.
Quem usa Windows está acostumado a ver sempre a mesma cara no sistema. Uma barra inferior, com o menu iniciar no lado esquerdo, um relógio no lado direito… No Linux existem interfaces similares, mas também existem opções diferentes. Pra citar as mais usadas, você poderá escolher entre KDE e Gnome. Ambas interfaces são bastante simples e intuitívas, e qualquer usuário não terá problemas com elas.
Linux não é Windows!
Durante sua experiência com o Linux você certamente irá encontrar algumas dificuldades. Algumas simples, outras nem tanto, mas sem dúvida encontrará. Antes de sair fazendo críticas ao pingüim, lembre-se que ele NÃO É o Windows. Muitos usuários ao utilizar o Linux pela primeira vez, esperam ver nele algo muito semelhante ao Windows e é aí que muita gente se decepciona. Lembre-se que você pode fazer no Linux prataicemente tudo o que faz no Windows, mas de maneiras diferentes.
Há algo mais que eu precise saber?
Assim como você não nasceu aprendendo a usar o Windows, dominar o Linux pode demorar um tempo. É apenas uma questão de costume. Ao contrário do que muita gente gosta de pregar, o Linux não é complicado demais. Não existe mais essa de que “Linux é sistema pra nerds desocupados que tem tempo de sobra pra ficar compilando kernel”. O Linux está tão ou mais simples que os outros sistemas no mercado, e as novas distribuições estão aí pra comprovar isso. Dificuldades vão existir como em qualquer sistema, mas nada que não possa ser resolvido.
