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Saints Row 2: quase um GTA IV?

Essa semana foi lançado o jogo que tinha como principal jogada de marketing a seguinte afirmação: “O único capaz de competir com o melhor de 2008”. Ele vai ser também o assunto da coluna de hoje, que mais uma vez não sai na sexta-feira, mas eu prometo que na próxima sexta vocês verão algo excepcional, dessa vez nas mãos do Artur “tiotuli ” Carsten. Saints Row 2, desenvolvido pela Volition, foi lançado para os consoles há alguns meses e provou que a afirmação era verdade. Muitos compraram GTA IV apenas para se divertir, mas não conseguiram fazer isso ao máximo: com uma história pra lá de complexa, a pura diversão foi deixada um pouco de lado. Em Saints Row 2 não: a diversão foi o principal objetivo.

Logo antes do lançamento da versão para PC, se tinha uma dúvida, seria se Saints Row 2 mais um port mal feito, ou uma verdadeira obra de arte, como GRID e Gears of War. Essa semana, chegou-se à conclusão: o jogo não passa de um port mal feito, que mesmo com uma péssima qualidade gráfica, não consegue altas taxas de frame rate. Em uma configuração equiparada com um processador dual-core e uma 9600GT, o jogo só se mostrou jogável na mais baixa qualidade gráfica. Utilizando-se de uma configuração equipada com uma placa gráfica um pouco mais potente, uma 9800GT, conseguimos atingir um desempenho regular na mais alta qualidade gráfica, porém, sem anti-aliasing.

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A história do jogo não é muito complexa, se você gosta apenas da ação proporcionada pelo jogo, talvez vá gostar; caso prefira uma história bem desenvolvida, provavelmente não gostará, já que a história é trucanda e de difícil entendimento. Se você se encaixa na primeira opção, vai encontrar alguns problemas quando decidir jogar apenas por jogar, sem participar da história. A IA da polícia é fraca, muitas vezes você vai ver a polícia atirando em um cara armado com uma pistola, enquanto você atira neles com uma minigun, por exemplo.

Os gráficos, mesmo no máximo, não são lá essas coisas, e não são jogáveis, já que a otimização do port é péssima. O que mais salva o jogo é a engine física, a Havok, que proporciona belos ragdolls e efeitos para explosões por exemplo, apesar de o efeito de fogo não corresponder às expectativas e ser horrível. A física dos carros é péssima, não é necessário algo tão real como GRID para um sandbox, mas entregar o que foi entregue em Saints Row 2, só não é pior que entregar um jogo de corrida como Need for Speed: Undercover.

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Os modos multiplayers são poucos, se comparados a GTA IV, o principal concorrente, porém o modo co-op permite algumas horas de diversão apesar de que, no máximo, você vai ter que encarar dois Apaches atirando mísseis contra você, ou então, uma perseguição pelo mar, se é que ele pode ser chamado de mar, já que apresenta uma água que mais parece sólida.

Algo muito interessante no jogo é a presença de um sistema de nível de perseguição por uma gangue, que começa a lhe perseguir por toda a cidade, como faz a polícia, caso você esteja com o nível no máximo. A jogabilidade é um pouco estranha no PC, mas nada que não se acostume com alguns dias de jogatina. Outro aspecto interessante é a falta de um sistema de cobertura, porém, é possível pegar uma pessoa e usá-la como escudo humano, o que faz com que a IA fraca dos policiais entre em ação mais uma vez, e deixe que você os mate tranquilamente, sem esboçarem reação.

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No fim das contas, se você quer um jogo do estilo sandbox, procure GTA IV. Se seu PC não roda GTA IV, provavelmente ele também não rodará Saints Row 2.

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