A equipe de desenvolvimento do Fedora lançou, no começo deste mês, a versão 11 de seu sistema operacional, codinome Leonidas. Depois de um atraso no lançamento devido alguns problemas com o instalador do sistema, o novo Fedora chega, como é praxe da distribuição, com aplicativos atualizados, tempo de boot mais rápido e sistema de arquivos EXT4 definido por padrão.
E quando se fala em pacotes atualizados, estamos nos referindo a programas que podem estar ainda em fase Beta. Exemplo disso é o Firefox, embutido já em sua versão 3.5 Beta 4. Confesso que é uma atitude que não me agrada muito, pois, algumas extensões podem não funcionar, obrigando o usuário, dependendo de suas necessidades, a fazer um downgrade, algo não muito prático a usuários novatos.
Outras novidades da distro são Gnome 2.26, KDE 4.2 – apesar de já disponível a versão 4.3 beta – GCC 4.4 e o BROffice 3.1. Além disso, algumas mudanças mais sutis foram feitas, como por exemplo, o aplicativo padrão para gerenciamento Bluetooth, o Bluez, que foi substituído pelo Gnome-Bluetooth. Diferente do Ubuntu, o Fedora já vem com o aplicativo de gerenciamento de volume do Pulse Audio, permitindo o controle individual de todos os aplicativos em uso.
As minhas experiências com o Fedora, infelizmente, nunca foram boas. Problemas sempre ocorreram, fossem por uma falha do sistema, falta de perícia do usuário, ou mesmo algum fator alheio a ambos, como hardware incompatível, por exemplo. Entretanto, confesso que, tal como o Opensuse, esta é uma distribuição que sempre me deixou uma primeira impressão positiva, principalmente nos quesitos visual e usabilidade. Todas as dores de cabeça que tive começaram, invariavelmente, com a instalação da placa de vídeo, Nvidia ou ATI, que sempre se recusou a funcionar.
Apesar de tudo, ainda recomendo a todos os usuários que simpatizam com o pinguim que testem o Fedora, pois trata-se de uma distro inovadora e que sempre contribuiu diretamente para o desenvolvimento do Linux.
Para aqueles que se sentirem perdidos, existem algumas ferramentas que buscam facilitar o processo de configuração e pós-instalação. Um deles é o script easyLife, onde é possível realizar uma série de tarefas penosas a muitos usuários, como instalação de plugins, codecs de áudio e vídeo, fontes adicionais, entre outras regalias. Quem possui uma Geforce, pode também instalar os drivers proprietários sem dificuldades. Aos que dominam o idioma inglês e querem saber exatamente o que estão fazendo, podem seguir o recém lançado guia Perfect Desktop, do site Howtoforge. O autor faz um passo-a-passo sobre como instalar os programas mais comuns para transformar o Fedora 11 em um sistema completo.
Para dar uma chance ao sistema, baixe a imagem aqui. São três opções: um DVD de 3,5Gb e dois Live CDs, um com o Gnome, e outro com KDE 4.
Confira mais algumas imagens na galeria abaixo.
