TI que muda vidas: resiliência de quem aprendeu a programar com papel e caneta e ingressou no setor depois da aposentadoria

“O código está perfeito, mas erramos como sociedade”. A frase, que marca um post no Linkedin compartilhado pelo diretor de tecnologia Anderson Buzzi, mostra que, muitas vezes, basta uma oportunidade para mudar um cenário profissional que parecia perdido. Foi através de um colega que Buzzi conheceu a história do Luis Henrique, jovem de 19 anos, de Blumenau (SC). Vivendo em um bairro da periferia, Luis achava que o futuro tinha poucas oportunidades – achava, por exemplo, que ser traficante seria um caminho comum para um jovem como ele.

Mas depois que descobriu, através de um trabalho voluntário, as oportunidades que o mercado de tecnologia oferecia, mudou de ideia. O jovem aprendeu a desenvolver códigos de uma forma muito diferente do que se espera: sem computador, foi no caderno que escrevia as linhas, para apenas nas aulas da ONG Eliti, testá-las. “Ele tinha um grande potencial, mas faltava a oportunidade. Conheci a história dele por meio de um amigo e certo dia, quando cheguei na Paytrack, vi o currículo dele na minha mesa. Logo após a entrevista, confirmei o que imaginava ser possível: a vaga de trainee para desenvolvedor foi para o Luis”, conta Buzzi.

Abrir as portas para quem mostra interesse e garantir a possibilidade de uma experiência no mercado, para o executivo da Paytrack, é fundamental para suprir a mão de obra faltante do mercado. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o mercado de TI deve criar 420 mil novas vagas até 2024. A estimativa  é de que 150 mil vagas não serão preenchidas. “Ou seja: se não estivermos abertos a apoiar talentos e criar oportunidades para quem mais precisa, a conta do futuro próximo será salgada”, avalia.

“Essa oportunidade que tive mostra que a empresa quebrou o paradigma, onde só é contratado pessoas que estudaram em boas escolas e faculdade. A Paytrack sabe olhar para alguém que tem potencial sem ter preconceito de onde veio e estudou. Quero ser um ótimo profissional e me aprofundar cada vez mais na área. Também quero mostrar para a juventude que não tem oportunidades, que é possível e ser um espelho para a minha rua, bairro e geração”, diz Luis Henrique.

30 anos depois, um novo começo

Outro case de resiliência e oportunidades que a Paytrack tem em seu time de desenvolvedores é o do Ivango Luis Wippel. Depois de trabalhar por três décadas na área de logística de uma grande companhia de tabacos, ele resolveu ir atrás do seu sonho: atuar na área de TI.

Em 2020, aos 56 anos, voltou para a faculdade e atualmente é desenvolvedor trainee na Paytrack. E além da pivotagem na carreira, outra particularidade  chama a atenção na contratação de Wippel: ele iniciou na Paytrack no mesmo dia em que o filho, André Felipe Wippel, que é analista de sistemas.

Fiquei muito feliz ao saber que ainda existem empresas na área de TI, que tem em sua cultura a diversidade, sem preconceitos de contratar pessoas aposentadas, no meu caso, com 57 anos de idade. Isso transmitiu para mim um sentimento de confiança muito grande por parte da Paytrack.  Agora só depende de mim, aprender, me desenvolver e concretizar meus sonhos junto com a empresa”, comenta Ivango.

Histórias como a de Luis e Ivango, de acordo com Anderson Buzzi, não só inspiram novos profissionais, mas mostram o potencial que a área de TI possui. “Basta que nós, enquanto gestores, tenhamos atenção às soft skills, porque, afinal, competências como resiliência e persistência não podemos ensinar. Mas as questões técnicas podemos aprimorar e contribuir com a formação de grandes profissionais. Essa é uma questão social para o qual podemos contribuir”, finaliza.

Tags: muda vidas, resiliência, TI

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