A contabilidade vive um ponto de inflexão histórico. O modelo tradicional, focado em tarefas operacionais e pressionado pela competição por preços, começa a dar lugar a uma abordagem orientada por dados, automação e serviços de alto valor agregado. É o que revela um novo estudo da Contmatic: escritórios que adotam tecnologia consultiva já alcançam margens líquidas entre 45% e 60%, um patamar inimaginável até poucos anos atrás.

Segundo o estudo, a virada ocorre quando automação, integração e inteligência de dados deixam de ser apoio e passam a ser núcleo estratégico da operação contábil. “A tecnologia consultiva não é sobre o software, é sobre o que o contador faz com ele. Ela transforma números em direção, tarefas em inteligência e serviços em valor percebido”, afirma Maurício Barros, gerente de Alianças e Parcerias da Contmatic.
O BPO Financeiro Consultivo surge como protagonista desse movimento. Com automação média de 70% a 75% nas etapas de coleta de dados, conciliação e geração de relatórios, e 90% na produção de dashboards visuais, o serviço se consolida como uma das linhas mais lucrativas e previsíveis para escritórios que buscam escala. “O BPO consultivo é hoje um dos pilares mais rentáveis do escritório moderno. Ele gera previsibilidade, fortalece o relacionamento e abre portas para toda uma linha de serviços de maior valor agregado”, destaca Barros.
O estudo também mostra avanços relevantes em outras frentes consultivas:
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Dashboards gerenciais: automação média de 65%, com relatórios visuais automatizados em 90%.
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Implantação de ERP e integrações sistêmicas: automação de 55%, com impacto direto na digitalização financeira das empresas.
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Consultoria tributária digital: automação de 60%, permitindo cruzamentos e simulações antes impraticáveis manualmente.
Além de transformar serviços, a tecnologia consultiva está remodelando a própria estrutura dos escritórios. Integrações e automações reduzem em até 50% o tempo dedicado a tarefas repetitivas, permitindo que analistas atendam mais clientes e elevando a capacidade produtiva sem aumentar o quadro de pessoal. Para Barros, essa mudança representa um divisor de águas. “Quando o escritório automatiza seus bastidores, ele libera capacidade instalada, aumenta margem e cria espaço real para crescer sem inflar o quadro de colaboradores”, afirma.
O estudo conclui que a transição para o modelo consultivo não é apenas tecnológica, mas comportamental. Enquanto escritórios buscam produtividade e escalabilidade, empresários demandam previsibilidade, inteligência financeira e acompanhamento contínuo. A tecnologia consultiva surge exatamente no ponto de encontro dessas necessidades, apoiada por automações avançadas e pela crescente exigência de dados em tempo real.
“Tecnologia sem mentalidade é gasto. Mentalidade com tecnologia é valor. É essa mudança de visão que tira o contador da guerra de preços e o posiciona como parceiro estratégico do negócio”, reforça Barros.
Com essa convergência, a Contmatic avalia que a consultividade deve ditar o ritmo de modernização do setor nos próximos anos, reconfigurando a percepção do contador no mercado e ampliando a fronteira de lucratividade para quem liderar essa transformação.








