Artigos

Seria o Mandriva o verdadeiro “Windows Killer”?

Não é de hoje que muitas distribuições Linux são apontadas como verdadeiras substitutas do Windows. O Ubuntu, queridinho ou não do mundo Linux, vêm carregando este título desde o lançamento com grandes méritos, mas por enquanto continua somente na promessa. Entretanto, nos últimos meses, o cargo de “Windows Killer” caiu no colo de outra distribuição.

O Mandriva é resultado de uma fusão entre a francesa MandrakeSoft e a brasileira Conectiva, e sempre se destacou por ser uma distribuição fácil para os iniciantes no mundo do pingüim. Com o lançamento da versão 2008 Spring, no primeiro semestre deste ano, esta facilidade, aliada a qualidade do sistema lhe deu a responsabilidade de ser o “Windows Killer”.

Mas se o Mandriva 2008 Spring já foi lançado há um certo tempo, porque estamos falando nisso somente agora? Simples. Perto do lançamento do Mandriva 2009, a expectativa de que ele seja um sistema ainda mais completo é bastante grande, e a julgar pelo RC1 certamente será. Quem acompanhou o sistema entre o primeiro e o segundo beta e recentemente com o RC1 sabe que a evolução dele e do KDE 4 transformarão o Mandriva num dos lançamentos mais esperados do ano.

Por se tratar de uma distribuição com sangue brasileiro, o Mandriva tem vasta documentação no nosso idioma, o que faz dele uma excelente alternativa ao Windows também em terras tupiniquins.

Outros motivos que fazem com que o Mandriva já seja apontado como uma das distribuições mais promissoras, é o fato de a nova versão vir com um instalador “inteligente”. Explico. Na instalação do Mandriva 2009, ele detecta todo o hardware usado e descarta a instalação de pacotes desnecessários. Se você não tiver uma placa de vídeo da Nvidia, por exemplo, ele automaticamente vai descartar a instalação destes pacotes. Isso evita que a instalação demore mais, além de economizar espaço em disco que poderia ser usado para outras coisas.

Por outro lado, muitos consideram que a escolha da Mandriva de lançar o sistema já com KDE 4 pode acabar sendo um tiro no pé. Sim, o KDE 4 é um ambiente gráfico bastante bonito e moderno, e certamente bastante promissor, MAS (e sempre tem um mas) muito consideram que ele não está preparado para ser o ambiente padrão. Além do ambiente em sí, muitos acreditam que alguns dos seus aplicativos desenvolvidos em QT4 (ou até mesmos outros) podem não ficar prontos a tempo do lançamento. O Amarok 2 Beta e o openOffice 3 RC1, por exemplo, já estão instalados no Mandriva 2009 RC1, mas podem não atingir seu estágio final de desenvolvimento na data do lançamento. Se isso não acontecer, o que acontecerá com o Mandriva? Lança um sistema estável com aplicativos em desenvolvimento? Atrasa o lançamento? Lança com as versões antigas?

Desktop do Mandriva 2009
Desktop do Mandriva 2009

Além disso, ainda faltam alguns ajustes para que o Mandriva seja considerado definitamente um “Windows Killer”. O maior repositório no Linux seria um grande passo, além de um projeto que viesse a popularizá-lo ainda mais, semelhante ao que aconteceu ao Ubuntu.

Se o Mandriva será realmente o Windows Killer, é impossível dizer agora. Se será Ubuntu, Fedora, OpenSuse ou qualquer outro, não importa. Verdade seja dita, acho que não viverei o suficiente pra ver a supremacia da Microsoft cair tão facilmente, porém o simples fato de algumas distribuições Linux estarem sendo apontadas como o futuro do desktop já mostra que o Linux tem evoluído muito em computadores pessoais e até mesmo em ambientes coorporativos.

Certamente motivo de muito orgulho e comemoração para a comunidade.

Tags: Hardware, Linux, Windows

Você também vai gostar

Leia também!