A Google liberou ontém, dia 4 de Junho, uma versão Alpha do Chrome para Linux. A build 3.0.183.1 traz algumas novidades em relação a anterior, noticiada aqui no Guia há algum tempo.
A mudança de maior impacto foi a adição das abas, que já funcionam normalmente, com o mesmo Look and Feel da versão para Windows. Aliás, usar o Chrome no Linux é praticamente a mesma coisa do que usá-lo no sistema da Microsoft. Exceto por estar incompleto, lógico. A falta de opções avançadas e a presença de alguns bugs ainda fazem do navegador uma mera prévia do que está por vir.

Por ser uma versão Alpha, seu uso não é recomendado, a não ser que o usuário tenha não só a curiosidade de testar, mas, também a boa vontade de reportar os erros encontrados. Durante o tempo em que testamos, o Chrome se mostrou relativamente estável, sem crashes repentinos ou slowdowns daqueles que nos fazem refletir sobre a vida. Uma das falhas encontradas foi durante a digitação de um texto, em que os acentos simplesmente foram ignorados. Nada de muito grave para algumas pessoas, mas para quem se recusa a deixar uma paroxítona órfã de seu fiel agudo, este bug pode atrapalhar bastante.

Além da falta de opções existentes, as que estão presentes podem não funcionar, como no caso da página inicial. Você pode até mudar o endereço da Home, mas o Chrome não irá ouvi-lo, persistindo em seu About: Linux Splash. Falando nele, as informações lá contidas esclarecem a diferença entre o Google Chrome e o projeto Chromium, a maneira correta de reportar bugs, e destacam algumas das funcionalidades mais importantes que estão faltando, como Flash, Impressão, edição avançada de texto – lembram dos acentos? – Complex Tab Dragging, embora arrastar abas funcionem, e incompatibilidade com o Gears.
Tendo em mente todos esses detalhes, e sabendo que a Google está disposta a lançar um Chrome para Linux, ao invés de um port via Wine, o navegador surpreende pela rapidez. Vale a pena instalar esta versão para conferir como as coisas estão ficando. E para quem usa Ubuntu ou qualquer outro derivado Debian, não poderia ser mais fácil fazê-lo funcionar, bastando baixar o .Deb e dar dois cliques. Para quem usa outra distribuição, ainda não existem pacotes, mas, o time de desenvolvimento diz que desempacotar o .Deb pode funcionar. Será que estamos caminhando para um Linux monodistro? Ao instalar, o repositório do Chrome será adicionado automaticamente.

Para testar o Chrome, clique aqui, desça até as versões para Linux e baixe o arquivo correspondente.
Fonte: Softpedia