Tablets são o novo sonho de consumo da maioria das pessoas que querem um eletrônico hoje em dia. Encabeçado pelo iPad, da Apple, este mercado mostrou-se promissor e conquistou um público fiel. Seguindo esta nova tendência, todas as grandes empresas do setor tecnológico passaram a investir e a lançar seus próprios tablets, em sua maioria rodando o sistema operacional da Google, o Android. Porém, nenhum deles conquistou o sucesso esperado e desbancou o produto da maçã. A Microsoft foi uma das poucas gigantes do setor que ainda não apresentou a sua proposta para o nicho dos tablets. Em verdade, até no mercado de smartphones ela entrou tarde e hoje colhe os frutos disso, tentando emplacar a todo custo o seu Windows Phone. No entanto, todos nós sabemos que a batalha dos tablets pretende ganhar mais um lutador em breve, com os equipamentos rodando o mais novo Windows 8.
Como já é de conhecimento de todos, o próximo sistema operacional da Gigante de Redmond foi projetado para rodar também em tablets. A empresa do tio Bill já está fechando parcerias com várias fabricantes e ainda este ano aparecerá com um wintablet em mãos. A Intel é uma das parceiras. E ela pretende entrar com força. Ontem, durante o Intel Developer Forum, realizado em Pequim, ela mostrou algumas especificações que os tablets baseados na arquitetura x86 devem seguir. A começar pelo processador. O chip que será usado é um Atom Z 2760, de codinome Clover Trail. Ele conta com dois núcleos de processamento, trabalhando numa frequência de 1,8 GHz (nada mal). Ele também incorporará algumas tecnologias interessantes, presentes até nos processadores da família Core i3, i5 e i7. Como a HyperThreading, que simula um núcleo físico e “engana” o sistema operacional, fazendo-o pensar que há mais de 2 núcleos ali. E também o Burst Mode, que aumenta o desempenho nos momentos que se fizer necessário.
Para suprir a necessidade de conectividade, imprescindível num tablet, a Intel usará seus próprios chips, frutos da compra de uma empresa chamada Infineon, que trabalha com chips de transmissão wireless. Eles terão conectividade 3G e também 4G (LTE). A bateria, outro ponto crucial em um equipamento portátil, deve ter duração de 9 horas. E de 30 dias enquanto estiver em standby. Esta especificação, em si, me deixou intrigado e impressionado, ao mesmo tempo. Processadores x86 têm a fama de terem um bom desempenho, mas para isso gastam bastante energia. Fico me perguntando: o que a Intel fez para prolongar tanto a vida útil da bateria? Inseriu uma gigante? Ou fez otimizações no software? Independente da resposta, o tablet que for dar vida ao Windows 8 terá que ter o peso máximo de 680 gramas, distribuídos em 9mm de espessura e uma tela de 10 polegadas.
Alguns modelos, chamados de híbridos, terão um display de 11 polegadas, além de um teclado físico acompanhando. Acredito que estes modelos se destinem a quem pretenda substituir o seu notebook/netbook por um tablet da Microsoft. Digitar em teclados virtuais por muito tempo é exaustivo e pouco prático. Além de todas essas especificações que dizem respeito à características físicas do aparelho, a Intel ainda pretende incluir uma série de tecnologias proprietárias, como a Wireless Display, que permite espelhar a tela do tablet em uma HDTV, a NFC, que é semelhante ao bluetooth mas permite uma troca segura dos dados e a Wi-Fi Direct, que torna o dispositivo em um ponto de acesso pessoal. E claro, os clientes corporativos contarão com recursos mais robustos de segurança, como encriptação, provavelmente o BitLocker, e também funções educativas, providas pela Learning Series.
Vendo estas especificações, não duvido que a qualidade e o desempenho desta nova leva de tablets seja boa. E não há dúvidas também que o Windows 8 tem um enorme potencial para fazer sucesso também nos tablets, além dos desktops. Já faz um tempo escrevi um post mostrando meu ponto de vista de porquê eu acho que o Windows 8 pode desbancar o iPad. A Apple é hoje a empresa a ser batida nesse setor. E a história recente mostra que nem sempre um produto tecnicamente superior pode vencer um inferior. É preciso, além de qualidade e desempenho, preço competitivo. O fator crucial que definirá o sucesso da Microsoft e Intel no mercado de tablets será o preço. Se elas aparecerem com um preço acima do valor praticado, pode anotar, o iPad continuará rodando absoluto. Mas vejamos a estratégia que as duas pretendem adotar e se valerá a pena comprar um wintablet.
Em tempo, se você possui um iPad, um PC rodando Windows 8 e dinheiro sobrando, já pode testar o próximo sistema da Gigante de Redmond e sua performance nos tablets. A empresa Splashtop lançou na App Store um software de VNC que lhe permite “emular” o Windows 8 no iPad. Sem brincadeiras, sem pegadinhas. Veja o vídeo abaixo:
Não sei você, mas eu fiquei babando. Pena que é caro, 25 dólares. E é por que está com desconto de 50%! Ouch! Mas enfim, como você acha que será o desempenho da Microsoft e Intel no setor de tablets? Acredita que o Windows 8 conseguirá desbancar o iPad?
[CNet]
