É uma prática comum da Gigante de Redmond, ao lançar um novo sistema operacional, dividi-lo em várias versões: Starter, Basic, Home Basic, Professional, Home Professional, Business, Ultimate, Ultimate Pro, Ultimate Master Blaster Plus e seja lá quais outros nomes descolados os marketeiros da empresa consigam bolar. Essa variedade causava uma certa confusão nos consumidores mas, no final, até que tinha sentido. Você pagava mais barato por uma licença do Windows que, por sua vez, não tinha recursos avançados, que você dificilmente usaria, como encriptação e, portanto, não sentiria falta.
Às vias de lançar mais um sistema, desta feita o Windows 8, a Microsoft resolveu fazer diferente e reduziu o número de versões, facilitando a vida de todos. São elas: Windows 8 e Windows 8 Pro, voltados para usuários finais e Windows 8 RT, que será usado em tablets, portanto, disponível apenas para fabricantes. Porém, em um post no blog Building Windows 8, ela anunciou mais uma versão do sistema. Ela foi batizada de Windows 8 Pro with Media Center. Agora veja o pulo do gato!
Nas versões Windows 8 e Windows 8 Pro não haverá suporte para a execução de DVDs e Blu-Rays. Pausa para vocês pegarem suas tochas e seus tridentes. Isso mesmo, a Microsoft removeu do seu sistema o suporte a tais mídias. Ela voltou com uma prática que vimos algumas vezes, como no Windows 95 e no Windows Vista, onde a empresa disponibilizava um pacote com funções extras, como novos joguinhos e papéis de parede. Realmente, grandes diferenciais! Se você quiser ver filmes em DVD ou Blu-Ray no Windows 8, terá de tirar alguns caraminguás do bolso e comprar a versão Pro with Media Center, que, como o nome diz, virá com o Windows Media Center e os codecs necessários para a reprodução das mídias, de forma nativa. Nossa, que cara de pau essa Microsoft, não!? Nem tanto. Ela tem os motivos dela.
Justificando a mudança, ela afirma que para o Windows suportar nativamente a reprodução de DVDs ou Blu-Rays, ela tem que dispor de decodificadores (codecs) que são caros, pois ela paga royalties por eles. Outro ponto que contribuiu, foi a queda na venda dos filmes em mídias físicas. As pessoas estão gradativamente migrando para serviços de streaming, como Netflix, ou adquirindo seus filmes em formato digital, como os vendidos na iTunes Sore. Além disso, tem menos gente ainda sintonizando sua TV ao computador. Por isso, ela decidiu abrir mão do suporte nativo à DVDs e Blu-Rays e só liberá-lo por meio de um pacote de atualização, que será vendido na Windows Store, a um preço que não deverá ser alto.
Além do mais, não há motivo para se desesperar e ranger os dentes. Sempre poderemos instalar um software de terceiros sem pagar nada e usufruir nossas mídias ópticas. Quem aqui irá pagar tendo esta opção?
