Ações da Apple despencaram após o anuncio da redução de pedidos de componentes para a fabricação de seu principal produto comercial, o iPhone 5. Sharp, LG e Japan Display, fornecedoras de telas da Apple, vão reduzir pela metade a produção. TDK, Seiko Epson e Murata Manufacturing, outras companhias parceiras da empresa desenvolvedora do iPhone também irão reduzir consideravelmente a fabricação de componentes.
A responsável pela pisada no freio seria a demanda, que está abaixo do esperado. Apple está dia após dia perdendo terreno para a sul-coreana Samsung, que já ultrapassou a Apple em vendas. A série Galaxy bateu as vendas dos modelos iPhone e alcançou a incrível marca de 100 milhões smartphones vendidos. Só o Galaxy S III vende, segundo a companhia, 190 mil aparelhos por dia. Uau!
Ainda, uma recente pesquisa mostrou que a marca Apple está deixando de ser “cool”. De acordo com um estudo da Buzz Marketing Group, os adolescentes estão evitando iPhones e iPads. Os jovens não querem mais saber de usar o que os pais e professores estão usando, por acharem que os equipamentos não passam a sensação de “descolados”. Para esses jovens, a nova moda é desejar o Galaxy S III e o Surface, tablet da Microsoft.
E para completar a maré de notícias ruins para a empresa da maçã, uma nova jurisprudência dará mais força à Samsung nos litígios envolvendo quebra de patentes. O precedente aberto por um tribunal de Washington deixará produtos envolvidos no caso nas prateleiras e somente após uma decisão do juízo poderá ser determinado a retirada do mercado. Se esse procedimento fosse usado do caso de violação de patentes do iPad em relação ao Galaxy Tab, este não seria retirado do mercado, como ocorreu, evitando prejuízos desnecessários, já que o Tribunal de San Jose, na Califórnia, decidiu posteriormente que o tablet da Samsung não violou patentes da Apple.
Será esse um prelúdio do declínio da Apple? Ou a empresa é forte suficiente para não se tornar uma nova IBM?
