A crise econômica que anda assolando o sistema financeiro mundial bateu à porta da gigante Electronic Arts. A segunda maior produtora de jogos do mundo anunciou um rombo de cerca de 310 milhões de dólares em custos operacionais. Consequências? Demissão de 6% de todo o seu pessoal, composto por cerca de 9.000 funcionários ao redor do planeta.
Tendo estúdios em Las Vegas, Redwood Shores, Los Angeles, Seattle, Londres, Tokyo, Vancouver e outras centenas de lugares, a Electronic Arts planeja recuperar cerca de 50 milhões de dólares por ano com os novos cortes nas folhas de pagamento.

Mesmo sofrendo com um prejuízo milionário, as vendas da EA cresceram cerca de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Os números também foram 20% maiores do que no primeiro trimestre fiscal de 2008, mas não impediram o tamanho rombo.
Todos esses problemas financeiros que uma das maiores companhias de jogos do mundo enfrenta estão sendo causados por quedas bruscas nos valores de ações que só aumentam o prejuízo líquido da empresa. As ações da EA que estavam valendo US$ 61,12 por cota, agora não passam de US$ 27,73. Entretanto, o CEO da gigante de Redwood, John Riccitiello, garante que a companhia está cautelosa quanto às vendas no final do ano e já prepara algumas precauções. Riccitiello diz que a empresa está bem posicionada para enfrentar a crise financeira e tem esperanças no fortalecimento dos três consoles (PS3, Xbox 360 e Nintendo Wii) – cadê o PC?! – para ajudar nas vendas.
Há alguns meses atrás, a Electronic Arts tentou adquirir a Take-Two Interactive, dona dos estúdios da Rockstar Games (GTA IV) e 2K Games (BioShock), por 2 bilhões de dólares. A oferta foi incasavelmente negada pelos acionistas da Take-Two, e após uma certa demora, a EA desistiu da idéia, alegando que a companhia estava confiante no seu próprio crescimento enquanto seus lucros também subiam. Ironia ou não, esse prejuízo de 310 milhões mostra que não houve “lucro” nenhum, esperado pela empresa.