A TV ainda é um dos meios de comunicação mais eficientes da atualidade, mesmo sendo uma via de mão única. Milhões e milhões de pessoas ligam seus televisores todo dia para assistirem novelas, telejornais, programas de entrevistas e outros. Apesar da hegemonia, o formato usado pelas emissoras é bastante arcaico. Cada uma delas tem uma grade de programação, com cada atração tendo um horário pré-definido de começo e término. As de maior audiência podem até ter reprise, mas em via de regra, se você perdeu um determinado programa, dificilmente o poderá ver de novo. Para mim, a televisão caminha para uma integração com a internet. No futuro, não haverá mais grade de programação. Uma novela, por exemplo, teria data apenas de lançamento, mas o telespectador escolheria quando e como a veria.
E foi mais ou menos isso que a Rede Globo, uma das maiores – senão a maior – emissoras do país fez. Através do novo serviço Globo.tv+ os telespectadores mais fervorosos da emissora poderão rever, a qualquer hora, diversos programas da empresa de Roberto Marinho. O serviço é uma evolução do canal Globo.tv, que exibe apenas trechos dos programas. Daí o sufixo “+” no nome do novo serviço, pois ele oferece mais conteúdo ao assinante.
Ele funciona mais ou menos como o conhecido Netflix, lançado aqui no Brasil há mais de um ano. Mas em vez de filmes e séries, o assinante terá acesso a vários programas da Globo, como novelas (Avenida Brasil, Lado a Lado) telejornais (Jornal Nacional, Jornal Hoje, etc), seriados (Gabriela, Guerra dos Sexos), programas de auditório (Encontro com Fátima Bernardes, Domingão do Faustão) e outros (Mais Você, Profissão Repórter, etc). Sim, não pense que tudo isso sai de graça. O que você pode ver gratuitamente na TV, você paga na internet. Para ter acesso ao conteúdo, você paga uma mensalidade de R$ 12,90. Além disso, é preciso ter cadastro na Globo.com. Ao contratar os serviços da Globo.tv+, você ainda ganha um endereço de e-mail com 10 GB de espaço, quase a mesma quantidade do Gmail. E por falar nele, o serviço de webmail da Globo usa tecnologia Google.
Uma coisa que devemos salientar é que por enquanto, a empresa só está anunciando o serviço no estado de Minas Gerais. Mas ele é plenamente funcional em todo o Brasil. Quem mora no exterior, infelizmente, não vai poder assinar. A assessoria de imprensa esclareceu ao Tecnoblog que ela ainda não está oferecendo o Globo.tv+ em todo o país, pois quer primeiro “conhecer as demandas do público e futuramente dimensionar o produto para o mercado nacional“. Mas ressaltando: apenas a divulgação acontece em Minas Gerais. O serviço está funcional para todos os outros estados. Outra coisa que deve ser mencionada é que a marca dos patrocinadores do produto será veiculada. Ou seja, publicidade também na versão web.
O valor de R$ 12,90 não é alto. Mas eu me pergunto quem assinaria o Globo.tv+. Frente aos outros serviços de streaming, como Netflix, Sky Online, Terra Vídeos e até TVs por assinatura que, em determinados planos podem gravar programas, o serviço não é nenhum pouco atrativo ou vantajoso. E você, assinaria o Globo.tv+? Qual perfil de usuário você acredita que se tornaria usuário?
Com informações: Tecnoblog
