Estamos em plena guerra! Nos próximos meses, Microsoft e Mozilla disputarão a atenção dos usuários no concorrido e agitado mercado de navegadores. Mas antes mesmo das novas versões estáveis de seus respectivos browsers serem lançadas, as empresas já duelam.
“O IE9 é um navegador moderno?” É com essa frase que o evangelista da Mozilla Paul Rouget inicia o infográfico publicado por ele essa semana. De acordo com Rouget, a última versão do navegador da Microsoft é definitivamente melhor que o IE8, mas continua distante do Firefox 4 — e, em alguns casos, até mesmo do Firefox 3.6, lançado há anos.
Segundo o evangelista, a afirmação da Microsoft de que o IE9 suporta 99% das especificações do HTML5 é uma fraude. “Os testes em que a Microsoft se refere são aqueles que ela criou durante o desenvolvimento do IE9. Não é muito surpreendente que ele passou pelos testes que eles usaram para promover o navegador”.
As afirmações de Paul são apoiadas por alguns números. Vamos a eles: De acordo com o infográfico, o IE9 possui apenas 54% de compatibilidade com o HTML5, enquanto o Firefox 4 reina com 88%; já no CSS3, a diferença é mais apertada: 87% a 74% para o navegador de código aberto da Fundação Mozilla.
As plataformas suportadas pelo Internet Explorer 9 também foram alvo de críticas. Enquanto o navegador da Microsoft é compatível apenas com os Windows Vista e 7, o Firefox suporta os Windows XP e superiores, Linux, Mac OS e Android. Para Rouget a história de que o popular Windows XP não possui as tecnologias presentes no Vista/7 é balela.
Em outros pontos, porém, o evangelista reconhece os avanços do IE9. No quesito aceleração por hardware, os dois navegadores estão num mesmo patamar. Já na implementação do Text-overflow, um recurso do CSS3, o Firefox 4 ficou para trás. Mas, na verdade, não e só isso:
Portanto, não acredite cegamente nos resultados obtidos por Rouget. Como bem lembrou o Download Squad, o evangelista “esqueceu” de incluir no infográfico um comparativo importante: Chakra versus JaegerMonkey, os novos motores JavaScript do Internet Explorer 9 e Firefox 4 (imagem acima). Também não há referência a divisão de abas em processos separados ou proteção contra rastreamento do IE9. A imparcialidade mandou lembranças.
