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Governo prepara-se para guerra cibernética

O Governo brasileiro acaba de criar as bases do que é o mais completo aparato burocrático para formação da defesa informática do país. Segundo a Portaria Normativa nº 3389/MD, publicada no Diário Oficial da União na última semana, a criada Política Cibernética de Defesa tem como objetivo criar estruturas de defesa e prevenção de ameaças informáticas, atuando contra organizações criminosas e terroristas na internet.

Em setembro de 2012 foi criado o Centro de Defesa Cibernética (CDC), um órgão centralizado comandado pelo Exército que passará a integrar o Sistema Militar de Defesa Cibernética e será coordenado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, que integra as três Forças Armadas do país: Marinha, Exército e Aeronáutica.

A Estratégia Nacional de Defesa, criada em 2008, definiu três setores como estratégicos na segurança nacional e um deles é o espaço cibernético. Para tornar real todo o importante plano, serão investidos R$ 400 milhões em 4 anos. As Forças Armadas já planejam exercícios simulados de guerras cibernéticas, mas os primeiros testes reais após a criação do Sistema Militar de Defesa Cibernética serão nos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará, a Copa das Confederações neste ano, a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016.

A guerra cibernética transformará as tropas tradicionais obsoletas - Imagem: Exército Brasileiro
A guerra cibernética transformará as tropas tradicionais obsoletas – Imagem: Exército Brasileiro

Apesar da notícia boa a Política Cibernética de Defesa veio tarde e pode colocar em risco a segurança nacional, uma vez que somente em 2012/2013 um investimento significativo está sendo feito, ficando bem atrás de potências que investiram cedo no setor, como EUA, China e Israel.

Vale lembrar que em 2007 o 60 Minutes, programa de TV da rede estadunidense CBS, afirmou, mas sem provas digeríveis, que apagões ocorridos daquele ano e em 2005 foram causados por criminosos cibernéticos que invadiram o sistema elétrico do país. No último ano, também, o mundo ficou chocado com os ataques cibernéticos realizado às usinas nucleares do Irã, mostrando como grandes estruturas podem ser facilmente comprometidas pelo meio digital, sem ocorrer às incursões de uma guerra tradicional.

Além disso, sem recorrer aos extremos, no cotidiano o brasileiro é o quarto que mais sofre com crimes digitais, segundo a Symantec, e 80% dos adultos no país já foram vítimas. Um número assustador, não? Mas e você, qual a sua opinião sobre isso? Acha que esses R$ 400 milhões estão sendo bem usados ou o Brasil realmente tem problemas maiores para se preocupar, como a violência que assola o país como um todo? Bom, deixe aqui a sua opinião e vamos conversar um pouco.

Com informações de Agência Brasil.

Tags: brasil, Segurança

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