A Dassault Systèmes, líder mundial em software de projetos 3D anunciou lançou na quarta-feira em São Paulo o SolidWorks® 2014, solução 3D que oferece uma ampla variedade de produtos, como CAD 3D, simulação, gerenciamento de dados do produto, comunicação técnica, projeto elétrico e avaliação de impacto ambiental.
O CEO da Dassault Systèmes SolidWorks, Bertrand Sicot veio ao Brasil especialmente para o lançamento da nova versão que oferece ganhos significativos em produtividade e praticidade por permitir que as empresas concentrem mais tempo em tarefas que impulsionam a inovação. Uma característica importante do SolidWorks® 2014 é o eDrawings – que permite acesso ao programa por meio de dispositivos móveis (Android e iOS) e que possibilitará que os mais de 2,1 milhões de usuários do SolidWorks se conectem e experimentem novos projetos 3D, em qualquer lugar e a qualquer hora.
Durante o lançamento forma apresentados alguns projetos de parceiros nacionais que utilizam o SolidWorks como ferramenta de trabalho. A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) já desenvolve alguns modelos de avião com auxílio do SolidWorks e está preparando um protótipo para tentar bater o recorde mundial de velocidade em aviões a hélice. A JL competições mostrou como utilizar o SolidWorks no projeto dos carros da principal categoria do automobilismo nacional a StockCar. Dassault Systèmes também tem parcerias com várias instituições de ensino para formar mão de obra técnica capaz de dominar as ferramentas 3D. o SENAI é um dos principais utilizadores do SolidWorks em seus cursos de formação profissional.
Quem quiser saber mais detalhes sobre a nova versão, pode acessar www.3ds.com/solidworks ou ainda www.solidworksbrasil.com.br.
No final do evento de lançamento, tive a oportunidade de conversar um pouco com o CEO da Dassault Systèmes SolidWorks, Bertrand Sicot e fazer algumas perguntas relacionadas ao programa, tecnologia 3D etc.
Guia do PC – Em sua opinião, qual a característica mais importante do novo SolidWorks 2014?
Bertrand Sicot – O tema dessa nova versão é “Design sem limitações”. Isso quer dizer uma série de coisas. Não é apenas uma questão de agregar novas características ao software. Acho que a grande vantagem é que nesta versão tudo é mais fácil de realizar. A quantidades de horas gastas para fazer o novo SolidWorks mais fácil de usar foi enorme. Nós tínhamos um time de 12 pessoas que não fazia nada além de usar o programa e imaginar como realizar tarefas no SolidWorks de forma mais simples. Ou seja, em minha opinião a característica mais importante dessa nova versão é a simplicidade de uso.
Guia do PC – Quais os planos da Dassault SolidWoks para a América Latina e para o Brasil?
Bertrand Sicot – Quando analiso o Brasil em particular vejo um pais com grandes recursos naturais e que pode fazer a diferença num futuro próximo. Além disso, o nível de educação da classe média é muito bom. Brasil é um dos BRICS e na América Latina é claramente o líder. Dito isso, a estratégia da Dassault para a América Latina passa necessariamente por uma posição de liderança de nosso time no Brasil sobre o restante dos países da América Latina, ou seja, estamos muito interessados em manter nossa posição no Brasil, aproveitando a grande demanda que o país está provocando na área de engenharia devido a eventos como copa do mundo, olimpíada etc. Temos alguns desafios devido às características do Brasil tais como custo Brasil etc. porém acho que continuaremos crescendo neste mercado e também no resto da América Latina.
Guia do PC – O que você acha desta nova era tecnológica em que uma pessoa comum, com um investimento relativamente baixo, pode ter em casa uma impressora 3D e produzir objetos de uso específico? Como a Dassault se posiciona neste novo mercado? Teremos uma versão mais simples do SolidWorks para uso pessoal?
Bertrand Sicot – Para a SolidWorks, essa nova tendência é excelente, pois promove o uso das tecnologias 3D. Neste ano fizemos um evento onde um pesquisador do MIT apresentou um projeto de produzir uma impressora 3D cujo preço final ficasse menor que U$ 2000. Esse projeto foi financiado através de “crowdfunding” e eles conseguiram alcançar sucesso, ou seja, hoje já é possível ter uma impressora 3D “em casa”. Tenho certeza que o SolidWorks vai se beneficiar muito dessa popularização. Na verdade ainda existe um problema que precisa ser equacionado: apesar de ser bastante simples a criação de modelos 3D pelo SolidWorks, o processo de transformar esse modelo em algo que possa ser impresso numa impressora 3D ainda envolve algum trabalho “manual” devido às características específicas de cada impressora. Num futuro próximo, essa tarefa será facilitada pelo desenvolvimento de “drivers” adequados para cada impressora. Uma analogia interessante pode ser feita com o mundo 2D atual. Hoje podemos escanear um documento, editá-lo no Word e imprimir numa impressora comum. Em pouco tempo poderemos escanear um objeto em um scanner 3D, modificá-lo (ou não) através do SolidWorks e, finalmente, imprimir esse objeto numa impressora 3D. Apesar do SolidWorks ser um programa caro (U$ 4000, nos EUA) seu preço não é proibitivo, por isso ainda não pensamos em desenvolver uma versão mais barata para o usuário doméstico.
