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“Biológicos precisam falar a língua da lavoura”, defende Indigo no World Agri-Tech

“Biológicos não podem ser tratados como uma solução de laboratório. Eles precisam falar a língua da lavoura, se adaptar à rotina do agricultor e entregar resultado no campo.” A afirmação é de Reinaldo Bonnecarrere, diretor de Biológicos da Indigo Ag para América Latina e Europa, durante painel realizado nessa terça-feira (24) na World Agri-Tech South America Summit, em São Paulo.

Com o tema “Acelerando a adoção de Biológicos: Sustentando a produtividade ao longo do ano com soluções biológicas”, o painel reuniu líderes de empresas como Solubio, AgroSpheres e 10B Gestora, sob moderação de Tom Romero, sócio da Aqua Capital. Em sua participação, Bonnecarrere destacou que o sucesso dos biológicos no Brasil depende de soluções que combinem ciência de ponta com conhecimento prático do campo.

“Desenvolver uma plataforma de biológicos nos Estados Unidos é completamente diferente de fazê-lo no Brasil. Aqui lidamos com clima tropical, duas safras por ano e uma diversidade enorme de culturas. A adaptação precisa ser profunda, não superficial”, afirmou.

Tecnologia precisa se integrar ao manejo existente
Segundo o executivo, o agricultor brasileiro é objetivo: quer soluções viáveis, fáceis de aplicar e que entreguem retorno. Por isso, ele reforçou que a tecnologia só ganha espaço quando respeita o manejo existente e resolve problemas reais do dia a dia na fazenda.

“Aprendemos que não basta trazer uma tecnologia desenvolvida nos EUA e aplicá-la aqui. É preciso entender as dores locais, o impacto da produtividade na renda e os desafios operacionais do agricultor. Solução boa é a que funciona na prática”, completou.

A Indigo Ag, que atua em mais de dez países, vem ampliando sua presença no Brasil com foco em produtos biológicos adaptados ao sistema tropical e modelos de agricultura regenerativa. A empresa é reconhecida globalmente por sua pesquisa em microrganismos endofíticos, uso de inteligência artificial no desenvolvimento de bioinsumos e pela liderança na geração e comercialização de créditos de carbono do solo agrícola.

Em sua participação no World Agri-Tech, o porta-voz da empresa também abordou gargalos regulatórios, desafios de escalabilidade e o papel da colaboração entre empresas, startups e setor público para viabilizar soluções sustentáveis em larga escala. “Com a COP30 no horizonte e o Brasil cada vez mais no centro das discussões sobre clima e produção de alimentos, os biológicos aparecem como um dos caminhos mais promissores para unir produtividade, saúde do solo e resiliência climática”, conclui Reinaldo.

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