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Gestão inteligente de contratos pode elevar desempenho corporativo, aponta estudo da Deloitte e Docusign

Um estudo global conduzido pela Deloitte em parceria com a Docusign revela que a gestão inteligente de contratos é hoje um dos diferenciais mais relevantes para o sucesso organizacional. A pesquisa, intitulada “Otimizando a gestão de acordos”, ouviu mais de 1.400 líderes empresariais em 14 países, incluindo o Brasil, e mostrou que 77% dos executivos acreditam que ferramentas avançadas de gestão de contratos são cruciais para o desempenho de empresas de alto rendimento.

Contratos como ativos estratégicos
Para Norbert Otten, diretor sênior de Soluções da Docusign na América Latina, a mudança de perspectiva é clara: “A gestão de acordos eficaz é crucial para o sucesso das empresas. As plataformas impulsionadas por inteligência artificial permitem transformar os acordos em ativos estratégicos e seus dados em vantagem competitiva”, afirma.

Otten ressalta que, ao eliminar gargalos e automatizar etapas burocráticas, essas soluções não apenas reduzem riscos e aumentam a produtividade, como também liberam profissionais para atuarem em tarefas estratégicas e criam insights que antes ficavam “escondidos” em pilhas de documentos.

Impacto direto no desempenho financeiro
O levantamento mostra que empresas com capacidades avançadas de gestão de acordos superam suas metas financeiras com frequência até 55% maior em comparação àquelas que ainda criam contratos manualmente. Entre as organizações classificadas como de alto desempenho, 85% afirmaram que a gestão de contratos contribui diretamente para os objetivos estratégicos, enquanto 72% reconheceram impacto positivo nas metas financeiras.

Custos da ineficiência
O estudo também alerta para os impactos negativos da má gestão. Segundo dados da Deloitte e Docusign, ineficiências na gestão de acordos custam quase US$ 2 trilhões anuais em valor econômico perdido, em escala global. Essa conta inclui desde o desperdício de 55 bilhões de horas de trabalho por ano em tarefas contratuais manuais até a perda de oportunidades de receita.

Na América Latina, o prejuízo estimado varia de US$ 140 a 170 bilhões anuais, reforçando o peso da questão para empresas que buscam competitividade em mercados emergentes.

Da área jurídica ao centro da estratégia
Historicamente vista como uma função restrita ao setor jurídico, a gestão de contratos hoje é prioridade executiva. Mais de 75% dos entrevistados afirmaram ter um líder sênior dedicado ao tema em suas companhias — até mesmo em organizações de menor porte.

Essa mudança reflete a expansão do escopo da prática, que agora inclui contratos de compra, renovações de fornecedores e acordos automatizados, conectando áreas como finanças, vendas e operações.

Tendência de transformação digital
O relatório também mostra que duas em cada cinco empresas já estão em busca de soluções de gestão de contratos com IA e automação inteligente, tendência que tende a se acelerar nos próximos anos. Segundo os analistas, a próxima geração de plataformas de Intelligent Agreement Management (IAM) deverá atender não apenas advogados, mas também CFOs, CROs, gestores e usuários finais, tornando-se uma peça-chave da transformação digital nas corporações.

Para saber mais sobre a pesquisa, acesse este link.

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