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Tecnologias limpas e cidades inteligentes serão destacadas pelo IEEE no Futurecom 2025

Às vésperas da COP30, pesquisadores brasileiros ligados ao Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) vão apresentar, no Futurecom 2025, soluções tecnológicas voltadas à sustentabilidade e à construção de cidades resilientes e inteligentes. O evento, um dos mais relevantes da América Latina nos setores de telecomunicações e tecnologia, será realizado em São Paulo entre 30 de setembro e 2 de outubro, com painéis sobre como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), gêmeos digitais e blockchain poderão contribuir para enfrentar desafios urbanos e ambientais.

Um setor em transformação
Estudos de mercado indicam que os data centers já consomem cerca de 2% da eletricidade mundial, com previsão de mais que dobrar até 2030, impulsionados pelo avanço da IA e da digitalização. Em paralelo, a bioeconomia amazônica tem potencial de movimentar US$ 284 bilhões por ano até 2050, caso receba investimentos em pesquisa e inovação tecnológica. Para os especialistas do IEEE, esses números reforçam a urgência de integrar ciência, tecnologia e políticas públicas em soluções que tragam impacto prático para a sustentabilidade. E com a COP30 marcada para novembro em Belém, no Pará, os pesquisadores defendem que o Brasil terá a oportunidade de liderar debates globais sobre inovação sustentável. A expectativa é que a integração entre tecnologia, meio ambiente e políticas públicas se torne determinante para transformar potencial em resultados concretos.

O que o IEEE levará no Futurecom
O IEEE é a maior organização profissional técnica do mundo, com mais de 486 mil membros em 160 países — cerca de 5 mil no Brasil. Sua missão é desenvolver e difundir tecnologias que beneficiem a humanidade, com foco crescente em projetos ligados à sustentabilidade, energia limpa e cidades inteligentes. Seis especialistas ligados à entidade, membros de universidades como USP, Unicamp, UnB, UFRB, UFRA e UFCG, participarão dos debates com diferentes perspectivas:

  • Tereza Carvalho (USP) falará sobre IoT e blockchain para monitorar a Amazônia e fomentar a bioeconomia.
  • Cristiane Pimentel (UFRB) destacará o uso de gêmeos digitais e IA para prevenir catástrofes ambientais e apoiar o planejamento urbano.
  • Gabriel Gomes de Oliveira (Unicamp) abordará mobilidade urbana em cidades inteligentes, com análise preditiva.
  • Otávio Chase (UFRA) trará reflexões sobre energia limpa, especialmente o potencial da energia solar e os impactos do consumo energético da IA.
  • Renato Borges (UnB) mostrará como torres de fluxo e dados de satélite podem validar práticas de reflorestamento e agricultura de baixo carbono.
  • Vanessa Schramm (UFCG) discutirá riscos e oportunidades da transformação digital aplicada à sustentabilidade.

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