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Por quê migrei para o Firefox?

No começo deste ano fiz um comparativo entre os quatro navegadores mais conhecidos para Windows. Aos que estão com preguiça de ler, na época eu elogiei muito o Opera (versão 9.25) e critiquei o Firefox 3 (ainda em fase beta) na mesma proporção. Muita coisa mudou de lá para cá. Claro, ainda gosto muito do Opera, e de certa forma ainda o acho superior ao Firefox, mas algumas coisas me fizeram mudar de idéia.

Compatibilidade

Não podemos culpar o navegador pela incompatibilidade com os sites, mas o Opera é bastante inferior ao Firefox nesse quesito. O Internet Banking do meu banco, por exemplo, não funciona de maneira alguma no Opera (e se não me engano nenhum outro banco funciona). Não é nada grave, mas é frustrante ter que abrir outro navegador só para poder acessar o site do banco.

Neste ponto o Firefox é excelente. Assim com o Internet Explorer, ele é compatível com a maioria dos sites.

Personalização

Embora o Opera também disponha de temas para personalizar a interface, o Firefox é muito mais rico nesse aspecto. Além disso, com a ajuda das extensões, é possível adicionar funcionalidades ao Firefox que deixam o navegador com a sua cara.

O Opera também é personalizável, mas de maneira um pouco mais complicada que o Firefox, ao menos para usuários leigos. Com os userscripts dá pra deixar o Opera bastante personalizado, mas não com a mesma facilidade e nem com as mesmas possibilidades das extensões do Firefox.

O Firefox oferece uma experiência muito boa pra quem está acostumado com o Internet Explorer, permitindo que a migração seja menos dolorosa. Além disso, é possível adicionar dicionários ao Firefox para que você não erre nada ao digitar.

Integração

Eu poderia unir “personalização” e “integração” numa mesma categoria “extensões”, mas separando é possível abordar melhor o assunto. Quem usa produtos da Google hoje em dia (alguém não usa?) sabe como eles se comportam bem no Firefox. O Gmail, por exemplo, é um pouco limitado no Opera. A função dos marcadores coloridos não funciona por padrão, apenas com algumas gambiarras. De qualquer maneira, a impressão que dá é que serviços como Gmail e Google Reader ficam bem mais lentos no Opera.

Indo mais além, o Firefox oferece extensões que tornam a utilização desses serviços bem mais agradável. Exemplos simples são os notificadores de novos e-mails e novos feeds. Além disso as extensões oferecem um mundo de possibilidades ao integrar estes serviços entre sí. É possível, por exemplo, integrar o Google Reader e o Google Calendar ao Gmail.

Alguns devem estar se perguntando por que eu simplesmente não uso o leitor de feeds e cliente de email presentes no Opera. Acontece que, embora sejam diferenciais a favor dele, eles não me oferecem a possibilidade de acessar esses serviços de qualquer lugar.

Desvantagens

Sim, elas existem. A começar pela interface padrão, horrível no Windows XP, Linux e Mac OS X (salva um pouco no Vista). No Opera a impressão é de ser um browser muito mais bem trabalhado.

O Firefox é bastante dependente das extensões. Não que isso seja necessariamente uma desvantagem, já que as extensões por sí só já são uma vantagem. Porém, numa instalação padrão, o Opera é muito mais poderoso. Funções como o Speed Dial, Wand (gerenciador de senhas), integração com bittorrent e IRC, só ficam disponíveis no Firefox com o uso de extensões, mas estão presentes no Opera por padrão.

O consumo de memória ainda não é excelente. Ao contrário do que muita gente prega, no meu computador o Firefox é bastante guloso. Para se ter uma idéia, neste momento com três abas abertas (esta do WordPress, outra do Guia do PC e uma do Fórum) ele está consumindo absurdos 116.000k.

Considerações Finais

Ainda gosto muito do Opera, e de certa forma ainda o acho superior ao Firefox. Porém, colocando os dois na balança, a raposa se mostrou mais poderosa. Sei que vou sentir falta do Opera, mas as extensões do Firefox abrem um leque de possibilidades que fazem dele excelente negócio.

O Opera ainda perde em relação a compatibilidade, mas ainda é o navegador que mais inova. Já o Firefox segue uma linha mais “IE like”, mas sem perder a personalidade que fez dele o sucesso que é.

Tags: Internet, Microsoft, Mozilla, Software

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