Nada melhor do que uma boa ferramenta de postagem de textos, com excelentes funções, como inserção de vídeos do YouTube e Soapbox apenas adicionando-se o endereço do vídeo (sim, aquele encontrado na barra de endereços do navegador) e a adição de marca d’água nas imagens, diminuindo (e muito) a incidência de cópias de textos e hotlinks de imagens.
O Windows Live Writer é uma ferramenta da Microsoft que faz tudo isso. A Microsoft, ao invés de limitar o uso apenas aos usuários do horrível Windows Live Spaces (IMHO), permitiu postagem sem restrições em blogs rodando sob a completa plataforma WordPress.
Neste texto, vamos descobrir as várias funções do Writer (versão 14.0.5025.904 em português) e, obviamente, como utilizar essas funções.
Configuração inicial
Após fazer o download e instalar o Windows Live Writer, uma tela de boas-vindas aparecerá na sua tela. Vamos configurá-lo com base numa instalação do WordPress num servidor próprio.
Como você pôde ver nas screenshots anteriores, não há nenhum segredo. Basicamente, você selecionará a opção correta dependendo do tipo do seu blog, colocar seu usuário e senha e esperar o Windows Live Writer fazer todo o trabalho para você. Depois de concluído essa fase, o Live Writer perguntará o seguinte:
O Writer publicará um texto temporário no seu blog (imagem abaixo), para que ele possa descobrir como deverá exibir a página de edição de post. Em certos temas, como o do Guia do PC, isso pode não funcionar como esperado.
Ok, você terminou a configuração inicial do seu blog. Vamos avançar um pouco mais agora? Clicando em Editar configurações…, é possível configurar, dentre outras coisas, a forma de upload de imagens: normal ou via FTP. Se o seu servidor possui limitações de upload de arquivos ou algo parecido, é bastante recomendado selecionar a opção Carregar imagens em um servidor FTP, preencher os dados de conexão e envio de imagens. Caso não escreva posts muito longos ou com muitas imagens, não é necessário dar atenção especial à esta parte.
Também é possível configurar a direção do texto (útil se você escreve um blog em árabe…) e atualizar o tema de edição do blog, se você o alterou recentemente, além de alterar a codificação do texto e o tipo de código. Isso evita código sujo e caracteres acentuados com problemas. Assim, caso você utilize o Writer e tenha problemas, tente mudar a codificação. As codificações mais comuns são UTF-8 e ISO-8859-1.
Utilizando o Windows Live Writer
Postar pelo Windows Live Writer é bem fácil. Basta digitar o título do texto, o texto (claro), modificar configurações de categorias, horário, resumo (se necessários) e clicar em Publicar. Mais fácil? Impossível.
Existem três modos de edição no Writer:
- A edição, propriamente dita, exibida no começo deste tópico;
- A visualização, que mostra o tema do blog com o texto escrito (esse modo não é nada perfeito, mas já ajuda…)
- A origem, que nada mais é do que o modo de código. Se você é aficcionado por um código limpo, sem aqueles “garranchos” de editores WYSIWYG, é um excelente recurso (mas não se assuste, o Writer não gera aqueles códigos Frontpage-like).
Um recurso muito bom é a verificação de ortografia (imagem acima), semelhante àquela encontrada no Microsoft Office Word. Isso previne problemas de digitação e ortografia encontradas algumas vezes. O principal problema é ter que teclar F7 para verificar a ortografia, ao invés de apenas sublinhas palavras não reconhecidas pelo dicionário. Mas, tudo bem. Por padrão, é necessário teclar F7 e aí verificar as palavras manualmente. Para habilitar a funcionalidade de ortografia em tempo real (aquelas “cobrinhas” que o Word coloca embaixo da palavra), entre em Ferramentas > Opções… > Ortografia e habilite Utilizar verificação de ortografia em tempo real (rabiscos). Pronto.
Nas configurações avançadas de postagem, existem vários campos que podem ser preenchidos. Aqui vão as funções de cada um:
- Categoria: Como o próprio nome diz, permite a seleção de categorias já existente e também a criação de novas categorias no seu blog.
- Data de publicação: Se você deseja publicar o post futuramente, pode usar uma data futura. O próprio WordPress se encarregará de liberar o post na hora correta.
- Marcas: Tradução horrível para as conhecidas tags, usadas para “classificar” um post.
- Comentários: Permitir que usuários comentem ou não?
- Pings: Permitir que outros blogueiros enviem pingbacks e trackbacks para o seu texto ou não?
- Autor: Uma lista dos autores do seu blog. Útil para blogs com múltiplos autores.
- Slug: URL amigável. Em https://www.guiadopc.com.br/noticias-e-novidades/4553/versao-final-do-adobe-flash-player-10.html, por exemplo, versao-final-do-adobe-flash-player-10 é o slug do texto.
- Senha: Código que será utilizado para que usuários acessem o texto. Geralmente, não faz sentido na maioria dos blogs…
- Extrato: Tradução horrível para o excerpt do WordPress, é um resumo do texto que aparece em templates adaptados para isso, como o do Guia do PC.
- Enviar Trackbacks: Envia “notificações” em forma de comentário para o(s) texto(s) indicados. Muito utilizado na blogosfera.
A manipulação de imagens é um forte diferencial do Writer em relação ao editor padrão do WordPress. Com alguns cliques, você pode adicionar efeitos e marcas d’água na imagem desejada, o que, se não evita a cópia descarada de textos, evita no mínimo o hotlink de imagens. Boa sacada!
- Em quebra automática de texto, é possível permitir o alinhamento da imagem à esquerda e o texto a direita. Geralmente não faz sentido deixar um monte de imagem de 100px de largura em cada linha, certo?
- Margens: Aqui, você define o respiro das bordas da imagem em relação aos outros elementos. Útil para evitar imagens grudadas com o texto.
- Bordas: Adicione sombras, reflexos, cantos arredondados, efeito de papel fotográfico e muito mais.
- Vincular à: Adiciona um link ao post, a imagem ou a nada.
- Tamanho: Original, pequeno, médio ou grande. São dimensões pré-definidas de arquivos que evitam quebra de layout. Você também pode editar as dimensões manualmente. Por padrão, os campos largura e altura são interligados, evitando imagens distorcidas verticalmente ou horizontalmente, parecendo que foram “editadas” no Paint.
- Girar, contraste cortar e inclinação: As opções já são auto descritivas, não?
- Alternar texto: Nada mais é do que o “alt” da tag <img>, que faz com que o navegador exiba um texto explicando sobre a imagem. Ele é muito utilizado aqui no Guia.
- Efeitos: Desfoques, ajuste de cores, relevo e um texto na imagem que serve como marca d’água. Você escolhe o texto, a fonte, o tamanho da fonte e a posição da marca (centro, superior esquerdo e direito, inferior esquerdo e direito).
Achou interessante a imagem, não? É um outro recurso do Writer. Você clica em Inserir > Mapa…, e o Writer abre uma janela contendo uma ferramenta de busca do Microsoft Virtual Earth, muito semelhante ao Google Maps. Não que esse recurso tenha funcionado aqui, muito pelo contrário… Veja:
Outra ferramenta importante é a de adição de vídeos facilitada, direto do YouTube ou do MSN Soapbox, serviço de vídeos da Microsoft muito semelhante ao YouTube. No caso do YouTube, basta colar o endereço do vídeo do YouTube na janela. Como num passe de mágica, o vídeo aparece. Aí é só alegria: clique em Inserir e pronto!
Depois de todo esse trabalho, salve o rascunho (localmente ou no blog) para alterar o texto depois ou publique-o no seu blog, clicando em Publicar. Pronto. Você blogou com o Live Writer!
Conclusão
O Windows Live Writer é uma incrível ferramenta de postagem e com certeza facilita nossa vida. Desde o corretor ortográfico automático até a manipulação de imagens, o software da Microsoft surpreende. Detalhes pequenos, como a adição de vídeos e o redimensionador de imagens acabam fazendo uma grande diferença e poupando um bom trabalho. Isso aumenta a produtividade. Mesmo.
Como nem tudo é perfeito, existem alguns problemas: o Writer não permite as legendas de imagens, lançadas no WordPress 2.6 (ou 2.5?), somente a descrição, via alt, e o envio de textos grandes muitas vezes é problemático, apesar de que, para resolver, geralmente a configuração de envio de imagens por FTP resolva.
Concluindo, apesar dos probleminhas do software que ainda está em estágio de testes, ele é realmente bom. Guia do PC recomenda!