Notícias

Windows Store, loja de apps do Windows 8, permitirá softwares livres

Com a popularização de dispositivos portáteis, tais como smartphones e tablets, tornou-se comum também o surgimento das chamadas “lojinhas de aplicativos“. São lojas virtuais que vendem apps, geralmente à preços módicos, para diferentes plataformas. A Apple foi pioneira, com a sua App Store, que inclusive ganhou um grande upgrade ontem com a chegada da iTunes Store ao Brasil e demais países da América Latina. A Google tem o Android Market, a Nokia tem a OVI Store e a Microsoft, entrando na dança, terá a Windows Store.

Ainda não sabemos todos os detalhes a respeito dessa nova loja. As informações divulgadas, até agora, mostram que ela seguirá basicamente a mesma política das demais. Apps baratos, voltados para a interface Metro do Windows 8, uma percentagem dos lucros fica para a Microsoft, a maior parte para os desenvolvedores, e que o app passará por um processo de aprovação antes de ser liberado para venda. Mas daí surgem algumas pequenas dúvidas a respeito. Será que a Microsoft será tão rígida quanto a Apple na avaliação dos softwares?

Windows App Store
Windows App Store

Como sabemos, a empresa da Maçã procura ter o controle total de tudo que ela desenvolve/comercializa, com políticas bem severas. Com isso, bons aplicativos open source ficam de fora da brincadeira, como foi o caso do tocador multimídia VLC, que até chegou a ter um app para iOS, mas foi banido da loja. Por outro lado, se ela seguir o caminho contrário e for tão liberal quanto a Google em sua loja, os resultados também podem não ser bons.

Sabemos que hoje a Google sofre com o crescente número de apps maliciosos em sua loja, e já sofreu diversos ataques que exploravam a mais variadas falhas. Se a Microsoft seguir este caminho, muito provavelmente ela terá a mesma fama de insegura que tem nos desktops, mesmo que isso tenha melhorado bastante.

A saída, a meu ver, é unir o melhor dos dois mundos e manter o equilíbrio. Ter a atenção e o zelo que a Apple tem quando avalia os softwares, para permitir que apenas os melhores programas sejam aprovados, mas também permitir a inclusão de boas iniciativas do software livre. E assim será. Os desenvolvedores dos aplicativos, terão a liberdade de fornecer a sua própria licença de uso, com a condição de que esta se harmonize em alguns pontos com a licença da Microsoft, a Standard Application License Terms.

GNU
Licença GPL estará liberada no Windows 8

Discorrendo de maneira bem grosseira, as diretrizes principais da licença rezam que o programa só pode ser usado na Windows Live ID associada do cliente, e que não garante o direito à cópias para serem instaladas em mais dispositivos. Porém, para aqueles apps que estão sob qualquer licença reconhecida pela Open Source Initiative, como a famosa GPL (GNU General Public License), foi aberta uma exceção. E o código-fonte continuará disponível e aberto a todos.

Isso vem a ser um grande alívio para os desenvolvedores, pois é uma preocupação a menos. Importante ressaltar, também, que os programas mais populares para o Windows, atualmente, são baseados em projetos open source. Vou dar só dois exemplos: Chrome e Firefox.

Desta forma, quando o Windows 8 for lançado, talvez tenhamos duas versões do Firefox: uma para a interface tradicional e outra para a Metro, sendo distribuida na Windows Store. É Microsoft, se o Windows 8 for um novo Vista, pelo menos você está cheia de boas intenções.

Tags: Microsoft, Software, Windows 8

Você também vai gostar

Leia também!