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#5perguntaspara: Fernando Nawa | Vantagens e percepções sobre o trabalho home office no setor da tecnologia

O retorno aos escritórios tem sido a realidade de empresas de diversos setores. De acordo com o LinkedIn Economic Graph, em fevereiro de 2022, no Brasil, 40% das vagas anunciadas mencionavam a possibilidade de trabalhar remotamente, mas o índice caiu para 25% um ano depois. Já uma pesquisa do Infojobs mostrou que das 7.010 ofertas de emprego, as que são totalmente presenciais representam 94,8%, enquanto o remoto chega a 2,7% e o híbrido 2,48%.
Fernando Nawa,  COO e co-founder da Deal, consultoria de serviços de tecnologia e parceira estratégica para negócios em qualquer estágio de maturidade digital, afirma que o modelo de trabalho 100% home office passou a fazer parte do dia a dia da empresa nos últimos anos  e em 2024 não será diferente.
Confira as cinco perguntas que o Guia do PC fez para Fernando Nawa sobre o formato de trabalho no setor de tecnologia:

1-Qual sua percepção sobre o modelo de trabalho home office?

O trabalho remoto, principalmente no nosso setor de tecnologia, é viável quando há mecanismos de alinhamento interno com o time que otimizam processos e organizam as demandas, sem deixar a cultura de lado e a aproximação com os colaboradores. Nos últimos anos, o modelo de trabalho já fazia parte do nosso dia a dia, mas a pandemia foi o divisor de águas, mesmo depois de termos passado o período mais crítico, vimos que era possível continuar 100% home office e em 2024 continuamos com o formato.

2-O que foi preciso para adaptar ao modelo remoto? 

Olhamos para os nossos produtos, operações, área de pessoas e ferramentas disponíveis que apoiassem o trabalho à distância e conseguimos transformar a jornada em remota, e foi bastante positivo em vários aspectos técnicos e interpessoais.

3-Quais foram as principais vantagens e ganhos do trabalho remoto?

A principal vantagem foi a melhora na qualidade de vida,  pois, a partir disso, ganhamos mais tempo para a família, lazer, atividades físicas e autocuidado. Entendemos que essa mudança também levou a uma maior produtividade diária e maior controle dos funcionários com o ambiente de trabalho.

4-Do ponto de vista da gestão, como foi equilibrar a gerência de atividades e pessoas, a distância impactou?  

Adaptarmos a gestão para esse modelo foi essencial, assim como entender que a forma de gerir pedia uma mudança de mindset e que o papel e responsabilidade eram de todos. Aprimoramos a segurança e conectividade da nossa rede interna para permitir que todos pudessem se conectar de forma otimizada. A distância não atrapalhou, pelo contrário, fortalecemos nossa cultura, outro ponto muito importante. Tivemos ações específicas para o novo formato e o uso de diversas ferramentas digitais para a troca de informações, funcionou e funciona muito bem.

5-Se você fosse abrir sua empresa hoje, teria interesse em já começar com um modelo 100% remoto. Por quê?

Sim, com certeza. Até porque como já conheço o caminho factível para que os processos sejam realizados da melhor forma possível, diminuindo fricções e ruídos de comunicação, hoje começaria sim do zero e 100% remoto. Também tem a questão do investimento na estrutura de uma empresa. Ao invés de investir em estrutura física, poderia direcionar o investimento em treinamento, capacitação e formação de novos profissionais para entrarem no universo da Tecnologia.

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