O termo “backlog”, aplicado na indústria, refere-se a uma lista de tarefas e projetos que foram programados, mas que ainda não foram concluídos em um determinado processo, sendo utilizado para acompanhar e estabelecer prioridades no trabalho a ser realizado. Por isso, a sua gestão precisa ser eficiente, para que não se configure em um gargalo a prejudicar a produtividade e, principalmente, a segurança da operação.
Entra em cena, então, a tecnologia. A gestão digital de plantas industriais pode otimizar o backlog de manutenção em plantas industriais. Quem explica é o especialista em inovação Túlio Cerviño, fundador e CEO da Trackfy, fornecedora de produtos e serviços tecnológicos para a gestão de unidades fabris e canteiros de obras. “Há uma correlação direta entre a diminuição da lista de backlogs de manutenção e de acidentes ou quebras de máquinas, com a gestão digital que fornecemos a plantas industriais”, afirma.

O especialista cita alguns casos. Por exemplo, em uma indústria com áreas por onde circulam produtos químicos, o sistema da Trackfy mitiga riscos de acidentes e até mortes devido à exposição a essas áreas perigosas. Isso porque a solução fornece controle e informações para que apenas equipes especializadas permaneçam no local, pelo período exato necessário ao cumprimento de sua tarefa. “O sistema consegue gerenciar a entrada de pessoas e tempo de presença, além de enviar alertas à equipe de segurança, em casos de necessidade de atuação”, pontua.
No caso de uma evacuação de emergência em uma planta industrial, a solução tecnológica viabiliza agilidade e menor tempo para esvaziamento total da área. A redução pode chegar a 30%. Ocorre que o sistema da Trackfy inclui um microdispositivo de monitoramento, acoplado ao capacete e ao crachá dos operários.
Em tempo real, informações como localização, período de permanência e circulação nas áreas são transmitidas a uma plataforma na nuvem, analisando os dados e dando subsídio aos gestores para a rápida tomada de decisões. “A redução no tempo de evacuação, a proatividade e a agilidade no atendimento de casos de risco pode ser a diferença entre salvar ou perder vidas”, afirma Cerviño, sublinhando a importância da tecnologia no processo.