Inteligência Artificial

Ericsson desenvolve tecnologia inédita com inteligência artificial para evitar superaquecimento em antenas 5G

Uma nova tecnologia desenvolvida pela Ericsson, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), promete revolucionar o funcionamento das antenas 5G. O sistema utiliza um algoritmo inteligente capaz de controlar o superaquecimento das antenas sem interromper as transmissões — um dos maiores desafios técnicos das redes móveis de alta frequência.

A inovação, descrita na patente “Radio network node and method performed in a wireless communication network”, foi recentemente registrada e já atrai atenção internacional. O diferencial está em um método automatizado de regulação térmica: quando o sistema identifica elevação de temperatura, a transmissão é temporariamente pausada e retomada assim que o resfriamento ocorre — tudo de forma dinâmica, sem intervenção humana e sem causar interrupções perceptíveis para o usuário.

“Além de oferecer maior eficiência energética, essa inovação evita a redução da vida útil do equipamento. Circuitos que durariam dez anos podem ter sua vida útil reduzida pela metade em regime de superaquecimento. Essa tecnologia evita esse problema”, explica Igor Guerreiro, professor da UFC e um dos inventores da patente, em parceria com a Ericsson.

O resultado é mais eficiência, menos custo e maior sustentabilidade para operadoras e provedores que operam redes 5G. O algoritmo não apenas monitora a temperatura, mas também toma decisões autônomas para manter a transmissão estável e preservar o desempenho. Além de prolongar a durabilidade dos equipamentos, o sistema reduz o consumo de energia e os custos de manutenção.

A parceria entre a Ericsson Brasil e a Universidade Federal do Ceará é uma das mais produtivas do país em pesquisa aplicada. Desde 2000, já resultou em mais de 70 patentes conjuntas, fortalecendo a posição do Brasil como polo de inovação em telecomunicações. “Esse trabalho conjunto reflete nosso compromisso com a inovação cooperativa e com soluções que atendam às demandas de conectividade de alta performance no Brasil e no mundo”, afirma Edvaldo Santos, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da Ericsson para o Cone Sul.

Com mais de 260 famílias de patentes registradas no país em 25 anos, a Ericsson reforça sua liderança global em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias móveis. A empresa soma mais de 80 mil contribuições ao 3GPP, o grupo responsável pela padronização global das redes móveis, e mantém o Brasil como o único país do Hemisfério Sul a fabricar rádios e antenas 5G em escala comercial.

A tecnologia patenteada representa um marco importante rumo a redes móveis mais eficientes, resilientes e sustentáveis, abrindo caminho para uma nova geração de soluções inteligentes em telecomunicações.

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