Análises

Review: Fedora 17

Introdução e Novidades

O Fedora 17 saiu há poucas semanas e como de praxe vamos fazer uma análise apresentando as novidades da versão, mas sem antes primeiro fazer uma introdução sobre o que é o Fedora.

O Fedora é uma distribuição Linux muito conceituada na comunidade que é patrocinada pela também conceituada Red Hat, uma empresa de software livre voltada ao mercado empresarial. O Fedora surgiu como uma derivação livre e mantida pela comunidade do Red Hat Enterprise Linux num molde parecido com que o SUSE Enterprise é para o openSUSE. O que isso quer dizer? Simples. O Fedora é apoiado e desenvolvido pela Red Hat e pela comunidade. Se um software ou pacote do Fedora é bem sucedido, ele pode ser estudado e adaptado para o Red Hat Enterprise Linux (alguns criticam isso dizendo que o Fedora é um “Laboratório do Red Hat” mas nós não podemos negar que o suporte da Red Hat ao Fedora é importante). Também é importante salientar que a distribuição é a que conta com recursos bem avançados e inovadores como a ferramenta de segurança SELinux, o instalador Anaconda (que bate de frente com o Ubiquity do Ubuntu) e outras tecnologias próprias nas entranhas do sistema.

Para o Fedora 17 Beefy Miracle (que em tradução literal significa “Milagre Carnoso” [???]) houveram mais mudanças internas do que externas. Se você for um usuário doméstico nem vai notá-las. No máximo vai perceber que trocaram o wallpaper se você for atencioso. Aqui vai a lista de algumas novidades significativas presentes nas notas de lançamento:

  • GNOME 3.4:  A versão mais detestada do GNOME foi atualizada para a versão 3.4 veio para adicionar maior integração dos aplicativos com o Shell e trouxe algumas mudanças no aplicativo “Documentos” e o novo aplicativo “Boxes” para gerenciar Máquinas Virtuais
  • KDE 4.8: No outro sabor do Fedora, o KDE foi atualizado para a versão 4.8 e recebeu algumas leves modificações nas aplicações e refinamentos de performance
  • Java 7: A plataforma de Java foi atualizada para a versão 7, bem como o openJDK (versão open-source da plataforma Java)

Além dessas atualizações foram adicionadas outras funcionalidades técnicas e refinamentos nas entranhas do sistema: foram alteradas algumas estruturas de pastas do sistema: Alguns diretórios foram mesclados com o diretório /usr (mas nada que vá influenciar você caso seja um usuário doméstico).

Instalação

A instalação do Fedora 17 foi bem tranquila (entretando, em Inglês, um desapontamento pessoal desse editor que vos escreve) e o Anaconda (o instalador do Fedora)  precisou de pouca intervenção durante a instalação. O mais interessante do Anaconda foi seu particionador, que ofereceu diversas opções de particionamento que incluíam: substituir o Sistema Operacional existente,  Limpar o disco, Diminuir o espaço do Sistema Operacional existente, substituir uma instalação Linux existente etc. Depois algumas intervenções para definir a senha do root (administrador) o sistema reiniciou e o Fedora iniciou pela primeira vez. Depois de criar o usuário no formulário do Anaconda, o sistema estava pronto para uso. Você também tem a opção de enviar os dados do seu hardware para o Projeto Fedora para fins estatísticos, mas isso é opcional.

Pós-instalação EasyLife

Depois de instalado, é recomendável que se faça a atualização do sistema para correção de atualizações e receber os pacotes mais modernos. Você também pode mudar o idioma do sistema de Inglês para Português indo em Activities > Applications > System Settings > Language > + > Português (Brasil) e reiniciar o sistema.

Para o pós-instalação, gostaríamos de recomendar uma ferramenta muito útil: O EasyLife é um pacote que depois de instalado e executado oferece um menu com opções para instalar software adicional e essencial (e.g: Codecs de musica e video,  tocadores, utilitários, refinamentos de configuração, etc)

Conclusões

Basicamente, o Fedora 17 é (na opinião desse editor) um Fedora 16 melhorado se formos analisar de uma forma superficial. Entretanto imagino que está seguindo a tendência das principais distribuições: refinar, melhorar, atualizar. As novidades vão surgindo e os ambientes gráficos vão se atualizando. Passou-se o furor de uma grande atualização do KDE ou do GNOME. Os desenvolvedores estão se focando em atualizar e refinar o que eles têm em mão antes de implementar uma nova função. É muito cauteloso da parte do projeto fazer isso, mas imagino que então seria prudente diminuir o ciclo de atualizações para o bem dos desenvolvedores (que iam ter mais tempo para desenvolver) e do usuário (que não precisa atualizar o sistema a cada 6 meses e notar que mudou apenas o número e o wallpaper da versão, pois não entende das modificações técnicas).

Galeria de imagens

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Tags: Linux, Review da Semana, Software

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