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Pesquisa: brasileiros gostam de livros, revistas, games, filmes e músicas no celular

A mais recente pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de apps no Brasil, realizada entre 5 e 19 de maio de 2021, mostra que os brasileiros possuem aplicativos para leitura de livros e revistas, assistir filmes e ouvir música no celular, enquanto ocorre uma forte disputa entre os aplicativos chineses TikTok e Kwai pela preferência dos usuários.

A disputa entre os aplicativos de produção de vídeos curtos é o que mais chama a atenção nesta edição da pesquisa, realizada com 2.133 brasileiros com 16 anos ou mais que acessam a Internet e possuem smartphone. TikTok e Kwai foram os apps que mais aumentaram a presença na home screen dos aparelhos móveis.

O TikTok agora está presente na home screen de 15% dos smartphones nacionais, se tornando o quarto app mais popular do País neste quesito, atrás apenas de WhatsApp, Instagram e Facebook. O Kwai, que nunca havia aparecido no ranking da pesquisa, estreou em grande estilo, direto na sétima posição, presente na tela inicial de 10% dos smartphones nacionais.

Segundo Fernando Paiva, editor do Mobile Time e organizador da pesquisa, os saltos registrados por ambos os aplicativos podem ser explicados pelo intenso investimento em marketing por parte dos donos dos apps. “Febre entre adolescentes e pré-adolescentes, ambos travam uma disputa acirrada em publicidade digital nos mais diversos canais. No YouTube é comum a propaganda de um vir imediatamente após a do rival, sendo às vezes até difícil para um desavisado distingui-las, já que são parecidas e quase sempre com o vídeo de alguém dançando. Os apps também estão na grande mídia, com campanhas na TV aberta. O TikTok virou o principal anunciante do Jornal Nacional, da Rede Globo. E ambos estão adicionando às suas plataformas conteúdos de grande relevância midiática, como a transmissão de eventos esportivos.
Os aplicativos de livros, jornais e revistas no mobile

A quarentena elevou o consumo de conteúdo e serviços digitais, dentre os quais os de leitura de livros, jornais e revistas na tela dos smartphones. Pela primeira vez, esta pesquisa mediu esse hábito entre os brasileiros. Quase a metade dos entrevistados (46%) declaram já ter lido um livro no aparelho.

A experiência é mais comum entre mulheres (49%) que entre homens (42%). E há uma diferença significativa quando analisado o consumo por faixa etária. No grupo de 16 a 29 anos, 58% afirmam que já leram um livro no smartphone, enquanto o percentual cai para 43% entre aqueles de 30 a 49 anos, e baixa para 25% na faixa com 50 anos ou mais de idade. Não há variação significativa entre classes sociais: entre os “leitores móveis”, o aplicativo mais citado para leitura é o Amazon Kindle, apontado por 24%, seguido por Google Play Livros (12%), Adobe Acrobat Reader (5%), Wattpad (4%) e Skeelo (3%).

Consumo de Streaming de vídeo e música estabilizado

Os serviços de streaming de vídeo adquiridos via aplicativos móveis estão nos mesmos 56% verificados há seis meses. A proporção de brasileiros que possuem dispositivos móveis e que assinam um serviço de streaming de filmes ou séries interrompeu o crescimento que vinha acontecendo continuamente há dois anos. O aplicativo do Netflix segue na liderança, apontado por 75% dos usuários como seu principal serviço para ver filmes e séries. Amazon Prime Video vem em um distante segundo lugar, citado por 11%, seguido por Globoplay (3%) e Disney+ (2%) – este último ganhou um ponto percentual em seis meses. Segundo os organizadores, a pesquisa mede qual é o app de streaming de vídeo mais usado, uma vez que o objeto da consulta é conhecer o hábito no uso de apps no Brasil entre os donos de dispositivos móveis. “Uma pessoa que assina dois ou mais serviços de streaming de vídeo precisa apontar somente aquele que mais acessa”, destaca Fernando Paiva.

YouTube Music ganha espaço

Outro serviço de streaming que ganha espaço entre os brasileiros é o YouTube Music, uma plataforma de música desenvolvida pelo YouTube. Neste segmento, a proporção de assinantes também ficou estabilizada, com uma variação positiva de apenas um ponto percentual, dentro da margem de erro. Agora, 33% dos brasileiros com smartphone declaram pagar pela assinatura pelo serviço. Notou-se, contudo, uma pequena queda do Spotify, de 61% para 58%, como o app mais usado por quem assina esse tipo de serviço. Aparentemente, quem conquistou esse espaço foi o YouTube Music, que cresceu de 4% para 7%. O Deezer manteve o segundo lugar (17%) e o Amazon Music, o terceiro (9%).

Mais da metade dos brasileiros com smartphone, 59%, declaram jogar no celular.

Tradicionalmente, esse percentual oscila entre 55% e 65% a cada edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box. Não há diferença significativa por gênero, mas sim por classe social e por idade. Jogar no smartphone é mais comum nas classes C, D e E (61%) do que nas classes A e B (52%); e entre jovens de 16 a 29 anos (65%), do que no grupo de 30 a 49 anos (59%) ou com 50 anos ou mais (46%).

Na lista dos games mais jogados, chama a atenção o sumiço do Among Us. Sua presença no ranking durou apenas uma edição, no relatório de dezembro de 2020. Free Fire, por sua vez, manteve a liderança, citado por 12% dos gamers como o título que mais jogam, seguido pelo resiliente Candy Crush (9%), que nunca saiu da lista. Coin Master, que havia aparecido pela primeira vez seis meses atrás, conseguiu continuar no ranking.

PicPay, Shopee e Telegram também estão entre os destaques

Também merecem atenção os desempenhos de PicPay, Shopee e Telegram em presença na home screen: os três ganharam quatro pontos percentuais em um ano. No caso do PicPay, seu crescimento vem junto com a onda de inclusão financeira dos brasileiros, especialmente por meio de contas de pagamento digitais, como a oferecida pelo referido app. Por sua vez, o Shopee é a nova estrela do comércio móvel nacional, com campanhas na TV e ofertas de cupons para frete grátis e descontos. Seu crescimento também já havia sido percebido na pesquisa de m-commerce realizada por Mobile Time e Opinion Box. Por fim, o Telegram vem registrando um crescimento contínuo há pelo menos dois anos, puxado pela migração de usuários do WhatsApp em busca de canais de conteúdo diverso, que encontram maior liberdade de atuação no app de mensageria russo.

A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de apps no Brasil tem como proposta saber quais os aplicativos mais usados e quais estão na home screen dos usuários, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.

O relatório completo está disponível para download gratuito neste link https://panoramamobiletime.com.br
Tags: Apps, pesquisa, uso

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