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IA já é realidade em quase todas as grandes empresas brasileiras, mostra estudo inédito da ABES

A Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), uma das principais entidades representativas do setor de tecnologia da informação e software no Brasil, divulga os resultados do estudo “Transformação Empresarial: Inovação Tecnológica, seu Uso e os Impactos na Indústria Brasileira”, realizado com exclusividade e em parceria com a International Data Corporation (IDC). O levantamento traça um panorama atual e estratégico sobre como as empresas brasileiras estão utilizando tecnologias emergentes, com foco especial na inteligência artificial (IA) e suas aplicações nos setores de agronegócio, finanças, saúde e educação.

Realizada entre janeiro e abril deste ano, a pesquisa ouviu 106 executivos, entre CEOs, VPs, diretores de tecnologia e outros cargos, de empresas com mais de 100 funcionários, para entender o impacto da tecnologia em suas corporações. Ao todo, 16% dos C-levels disseram que ainda não usam, mas vão incorporar os recursos nos próximos 12 meses. Isso porque 95,2% das companhias já têm, em seus planos atuais, a intenção de inserir a IA em algum tipo de função. A pesquisa também identificou que percentual de investimentos em TI nessas empresas pode chegar a até 10% da receita, e que 75% das empresas ouvidas vão aumentar seus investimentos em TI. Entre os principais objetivos do uso da IA estão a melhoria da experiência do cliente, a segurança dos dados e a transformação de dados em informações que gerem decisões estratégicas.

Essa tendência sinaliza a crescente compreensão do papel da tecnologia como motor de inovação, eficiência e competitividade. Outro dado relevante aponta que, para priorizar investimentos em IA, muitas organizações têm reduzido gastos com PCs e tablets, migrando para soluções em nuvem e ambientes virtualizados, que oferecem mais escalabilidade e flexibilidade.

“O avanço da inteligência artificial generativa e o aumento dos investimentos em tecnologia da informação mostram que as empresas brasileiras estão entendendo que a inovação deixou de ser opcional — ela é o diferencial competitivo do presente. A migração para soluções em nuvem e ambientes mais flexíveis revela uma mentalidade estratégica: mais do que atualizar infraestrutura, trata-se de preparar os negócios para um futuro cada vez mais digital e dinâmico”, declara Andriei Gutierrez, presidente da ABES.

Apesar dos avanços, o estudo destaca que a adoção de IA na indústria brasileira ainda está em estágio moderado, esbarrando em desafios como falta de mão de obra qualificada e regulamentações emergentes. “Para que a indústria avance, é essencial investir em infraestrutura tecnológica, capacitação de pessoas e integração de sistemas”, afirma Fabio Martinelli, analista sênior da IDC e um dos responsáveis pelo estudo.

Para Jorge Sukarie, conselheiro da ABES e responsável pelo estudo, estamos diante de uma mudança estrutural. “A tecnologia deixou de ser suporte para se tornar parte central da estratégia empresarial. O papel da ABES é fomentar esse ecossistema de inovação e apoiar as empresas no desenvolvimento de soluções que contribuam com o crescimento sustentável do Brasil”, afirma.

A pesquisa completa está disponível para os associados e interessados em entender como a inovação está moldando o futuro da indústria nacional, neste link.

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