Análises

Review: SliTaz Linux 4.0

Introdução

Como é de praxe na maioria dos meus reviews, vou falar um pouco sobre a distro: SliTaz é uma sigla para Simple Light Incredible Temporary Autonomous Zone que em tradução livre seria “Incrível Zona Leve e Simples Autônoma Temporária”. Nossa! Segundo informações da Wikipedia Anglófona, seu primeiro lançamento estável foi em 22 de Março de 2008.

Os objetivos do SliTaz são compartilhados também com o Puppy Linux (que inclusive já analisamos aqui), Lubuntu e Damn Small Linux: Uma distribuição (extremamente) minimalista e leve para funcionar em computadores com hardware precário e/ou antigo mas ainda sim entregar um sistema moderno para suprir as necessidades básicas de um usuário comum.

O sistema

Assim como seus amiguinhos minimalistas, o SliTaz tem uma .ISO bem modesta: 30MB. Isso mesmo, 30MB. Todo o sistema cabe em apenas 30MB. (Comentário pessoal do redator: Eu fico chocado só de pensar que um sistema inteiro cabe em 30MB).

Graças a esse tamanho reduzido, o SliTaz pode ser carregado de diversas formas:

  • Mídia Óptica (CD/DVD)
  • Pendrive
  • Pendrive + Disquete de boot (caso sua BIOS não tenha suporte a boot por USB e a máquina não tenha drive de CD)
  • Boot por rede
  • Pasta do Windows (usando posixovl, como demonstrado aqui)

Depois de dar o boot no sistema de algum jeito, ele vai iniciar um utilitário de configuração inicial para definir o idioma do sistema e o mapa de teclas a ser usado. Vale lembrar que, apesar de tudo, a tradução do sistema está incompleta e não é raro cruzar com uma mensagem em inglês com  opções em português. Apesar de tudo, o sistema é muito rápido e pode ser carregado diretamente na memória RAM se você tiver uma quantidade mais generosa (por exemplo, 128MB de RAM são suficientes para carregar o sistema na memória e instalar no HD em seguida).

Em suas entranhas, o SliTaz GNU/Linux usa o kernel 2.6.37, que não é a versão mais atual (3.4) mas ainda sim tem suporte. O sistema foi construido em i686 (arquitetura existente a partir do Pentium III) e não existe suporte oficial a 64-bits.

Além do sistema

Foquemos agora no que vem junto com o sistema. Ele roda uma mistura de JWM e openBox com LXDE, que são gerenciadores de janelas simplistas e eficientes. O SliTaz acompanha algumas ferramentas de configuração que são satisfatórias para o uso geral: O TazPanel é a central de configuração do SliTaz e vem acoplado com outros softwares a ele: TazPkg (gerenciador de pacotes minimalista com 3300 pacotes), Tazhw para identificação e a instalação de drivers para o hardware da máquina, TazUSB (transforma o sistema atual numa imagem para ser implantada num USB) e TazLito (idem TazUSB, mas para LiveCD’s). Além das ferramentas nativas ele acompanha um software para funcionamento básico (navegador, player de musica, editor de texto etc).

Conclusão

Significativamente leve e estável, o SliTaz se mostrou um sistema que rodou tanto na minha máquina virtual com 512MB de RAM e um dos núcleos do meu Phenom II quanto no meu velho K6 com 256MB de memória com deveras estabilidade em ambas as máquinas e sem muitos bugs grotescos. Apesar da tradução ainda estar incompleta e com vários componentes faltando no sistema, é possivel que isso seja questão de tempo até a distribuição conseguir apoio da comunidade e crescer para se consolidar como uma opção válida para os usuários de antigas máquinas jogadas em  quartinhos de bagunças.

Galeria de imagens

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Então essa foi a nossa coluna Review da Semana, espero que tenham gostado e tenha despertado seu interesse nessa distribuição Linux tão pequena e minimalista. É, sem dúvida, uma das mais estáveis desse nicho. Caso tenha alguma sugestão de software a ser analisado por nós nesta coluna, não hesite em nos enviar um e-mail para contato@guiadopc.com.br ou através de nosso formulário de contato. Veja outras reviews que nós já fizemos aqui:

Tags: Linux, Review da Semana, Software

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