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Windows 8: o que há de novo?

Steven Sinofsky – presidente da divisão Windows e Windows Live na Microsoft (não, na Apple!) – demonstrou hoje, na Conferência BUILD, realizada na Califórnia, as principais novidades do Windows 8 e as suas diferenças e vantagens em relação ao sistema vingente, Windows 7.

Com uma série de demonstrações, Steven falou que o Windows 8 é uma “reimaginação audaciosa” do sistema. Na prática, ele é um SO 2 em 1, já que comporta uma interface otimizada para dispositivos com telas de toques, tais como tablets, e também para os já tradicionais PCs, também chamados de desktops. Embora na primeira vertente as novidades sejam abundantes e de darem gosto de ver, na segunda frente elas não apresentam grandes diferenças com o que já temos, pelo menos por enquanto.

É importante salientar que esta é ainda uma fase muito “verde” de desenvolvimento, e a interface, bem como os recursos, podem ser alterados no decorrer do percurso. Vou trazer para os leitores do Guia do PC uma visão geral de todas as novidades, mas dando mais enfâse às mudanças do lado desktop, visto que é a plataforma mais usada por todos. Mas também falarei brevemente da interface Metro. Bom, vamos primeiro a ela.

Windows 8 e a Interface Metro

Como eu disse acima, o Windows 8 “conterá dois sistemas operacionais”, duas interfaces diferentes. A UI (User Interface) voltada para desktops continuará a mesma, em sua essência, com algumas poucas mudanças. Já a voltada para tablets, batizada de Metro e baseada dos dispositivos rodando Windows Phone 7, é totalmente diferente de tudo que já vimos até hoje.

A começar pela Start Screen, que apresenta alguns dados a respeito do usuário, bem como informações atuais sobre a hora e o clima. Com uma senha, ou uma sequência de toques, ou até mesmo uma foto, os usuários poderão fazer login no sistema. O conceito de ícones para representar as aplicações, foi substituido pelo conceito de “tiles”, ou blocos “vivos” de aplicativos.

Os ícones foram substituídos pelas "tiles"

Nestes blocos, que são perfeitamente customizáveis e organizáveis, você teria uma reunião dos ícones, onde eles apresentariam em tempo real suas informações. Por exemplo, um app do clima poderia mostrar a situação atual. Um leitor RSS poderia mostrar o último artigo publicado… enfim, a imaginação fala alto na UI Metro. Além disso, a equipe de designers trabalhou forte no visual do sistema operacional, já que dá gosto de ver. E os desenvolvedores, por sua vez, tornaram a experiência do usuário, pelo menos em uma primeira vista, bem fluida e responsiva. A integração dos apps com o Windows é gigantesca e tudo pode ser feito com extrema facilidade! Bom, mas e quanto aos desktops?

Windows 8 e sua interface clássica

A mudança mais notável na UI Clássica do Windows 8 é a implementação do Ribbon em praticamente todo o sistema. Tanto nos programas padrões, como já acontece hoje, com o Paint, por exemplo, bem como no próprio Windows Explorer. Tudo será movido na base do Ribbon. Há quem odeie este tipo de interface, eu particularmente não vejo nada demais, não me atrapalha em nada. Acho até mais bonita.

Interface Ribbon

Segundo a Microsoft, com a implementação do Ribbon em todo o sistema, usuários novatos ou inexperientes (muitas vezes ambos), não terão dificuldades em encontrar as opções desejadas e as ações que desejam tomar com relação a um determinado arquivo, tais como copiar, colar ou mesmo compartilhar, dentre outras coisas.

Outro ponto que recebeu atenção especial foi uma ferramenta que segundo a Microsoft, é usada por 35% dos usuários pelo menos uma vez por semana. Estou falando do Gerenciador de Tarefas. Desta feita, ela está mais intuitiva, mais amigável ao usuário comum e agregando mais opções. Você não verá mais aqueles gráficos old, verdes e pretos que mostravam o uso de CPU e de RAM. Cada processo tem seu próprio gráfico, com informações mais detalhadas.

Além disso, não é apenas o processador e a memória que poderão ser monitorados através do Gerenciador de Tarefas, o uso do disco rígido, dispositivos bluetooth e o uso da rede sem fio também entrarão no rol. Uma coisa que ficou meio subentendida, não sei se por causa da própria aparência geral do sistema ou outra coisa, mas ao que me parece, o Windows 8 terá menos efeito glass, o efeito de transparência que foi usado à exaustão no Windows 7. Mas isso é apenas a minha opinião pessoal.

Mudanças no Gerenciador de Tarefas

No mais, creio que o maior destaque desse Windows 8 Developer Preview seja os requisitos mínimos. Na conferência de hoje, Steven Sinofsky o demonstrou rodando em um netbook Lenovo com a primeira geração do processador Atom e 1 GB de RAM. Isso significa que você não precisará comprar nenhum componente adicional para rodar o Windows 8. De acordo com Steven, o sistema utiliza apenas 281 MB de memória quando está sendo executado. Amém!

Windows 8 consome menos RAM que Windows 7
Windows 8 consome menos RAM que Windows 7

Ainda não pude baixar o sistema, claro, mas pretendo, mesmo não sendo developer, para formar uma opinião mais concreta, baseada em minha experiência no assunto. Porém as primeiras impressões que tive deste sistema foi de que a gigante de Redmond está investindo pesado em dispositivos móveis e tentando enfraquecer o mercado de PCs. Pode ser uma opinião errônea, mas foi isso que me pareceu. Agora, só nos resta esperar que a Microsoft libere o arquivo para download público e testar com mais tranquilidade e afinco a próxima versão do sistema operacional mais usado no mundo.

Tags: Eventos, Microsoft, Windows, Windows 8

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