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GeForce GRID – Processamento de jogos pesados na nuvem

Há algum tempo, publiquei um artigo aqui no Guia do PC explicando como podemos montar um computador voltado para jogos. E vimos que, além de nos preocuparmos com muitos componentes – placa de vídeo, placa-mãe, fonte de alimentação, etc – o equipamento acaba saindo caro demais, já que exigem peças top de linha. Outro incômodo em montar PCs com o escopo voltado para os games, é a relativamente rápida obsolescência deles. A cada 3 ou 4 anos vemos a necessidade de atualizar a máquina por que ela já não dá conta de renderizar os gráficos como antes e, o mais importante, na qualidade de antes! E se eu lhe dissesse que talvez seja possível rodar os jogos mais pesados do mercado -sim, até Crysis – em computadores simples e até em tablets? Você provavelmente pegaria sua tocha e tridente e me jogaria na fogueira, sob a acusação de herege. Bom, mas diga isso para a Nvidia, eu sou inocente.

Hoje, em um evento realizado na Califórnia, eles apresentaram o GeForce GRID. Do que se trata? É nada mais nada menos que uma tecnologia que usará um complexo sistema de servidores dedicados, que substituirão sua placa de vídeo super potente, renderizarão os jogos mais pesados na qualidade máxima e com o mínimo de latência possível, ou seja, sem lag. Atualmente, já existem alguns servidores que rodam jogos na nuvem, como a OnLive e a Gaikai, mas a experiência não é das melhores. A tecnologia GRID veio resolver isso!

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Tecnologia Nvidia GeForce GRID

Com uma série de aprimoramentos e melhoramentos, que só deus sabe como a Nvidia conseguiu, talvez bruxaria ou pactos com o tinhoso, eles otimizaram uma série de fatores, tais como consumo elétrico, poder de processamento e, um dos itens mais importantes, tempo de latência, ou o famigerado “lag”. Para os engenheiros, o tempo de latência ideal é de 160 ms. Um valor que, sinceramente, para a estrutura de hoje é impossível de ser atingido, seja por causa da internet do indíviduo, ou devido a localização dos servidores.

Outra coisa que deve ser dita, é que não será a própria Nvidia que oferecerá os jogos ou o próprio serviço. Ela apenas disponibilizará a estrutura para que empresas como as já citadas Gaikai e OnLive façam uso e melhorem seus serviços. Ele não será um produto voltado diretamente para o consumidor final, coloquemos desta maneira. Não há nada de fato concretizado ainda. O GeForce GRID é somente uma ideia, um conceito, que está sendo aprimorado ainda. Não há previsões de lançamento ou nada parecido, embora a Gaikai já tenha firmado parceria com a Nvidia. Mas uma coisa não encaixa muito bem nessa história toda. A Nvidia é uma das maiores fabricantes de placa de vídeo do mercado. São produtos caros e poderosos, que alimentam os gamers e contribui para a existência desse nicho. Será que com essa investida a Nvidia não está se sabotando e diminuindo as vendas de seu carro-chefe?

Quanto às intenções da empresa eu não sei, mas que isso é uma boa ideia, é! Faria a gente economizar bastante com a compra de hardwares dedicados e caríssimos. E em vez de gastarmos nosso suado dinheirinho em força bruta, gastaríamos com assinaturas de planos para jogos. Que é onde eles irão ganhar dinheiro. Pode ser que esteja surgindo um novo mercado. Mas acredito que essa empreitada só dará certo se tivermos uma internet de qualidade. Por enquanto, nossa internet ainda não está no ponto ideal, mas está evoluindo aos poucos. Há pouco tempo eu tinha meros 1 Mbps de conexão. Agora eu já tenho 15 Mbps. E assim as coisas vão evoluindo. Enquanto isso, sinta o gostinho dessa tecnologia, no vídeo demonstração, logo abaixo, onde o jogo BulletStorm é executado num tablet Asus Transformer Prime:

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Tags: Hardware, Internet, Jogos

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